Renato liberado por algum tempo pelos médicos que o acompanham, tomamos a estrada novamente. Dessa vez pelo Brasil, com alguns pontos já definidos: encontro em Santa Helena/PR e a temporada em Porto Seguro/BA. Além disso, a estrada determinará ‘rumos e prumos’ bem como a parceria de amigos, que ajudam a ‘construir o caminho’. Outra novidade dessa empreitada é viajarmos com amigos, nova experiência e muitas histórias nos aguardam.
Saímos de Itapema/SC no domingo (dia 16 de março) em três casais (Cláudio/Arlete, Harald/Ivonete e nós, todos moradores de Itapema) em direção à ZZ oficina em Sananduva/RS para instalarem o rodoar e o freio motor no carro do Harald/Ivonete. Viagem tranquila com a parada estratégica de sempre no Posto Janaína para abastecer o ‘esqueleto’ com um caldo de cana e o delicioso pastel de carne (que, embora cedo, se transformou em nosso almoço).
Antes do entardecer já estávamos confortavelmente instalados no pátio da oficina e logo recebemos a visita do Arlei um dos proprietários.
Nosso MH chegou na oficina com um problema acontecido 5 km antes: rompimento de uma das mangueiras do intercooler, o que foi logo diagnosticado pelo Arlei.
Na segunda cedo começaram os trabalhos, mas um serviço previsto para um dia e meio se estendeu por três em razão das adaptações necessárias para instalar o rodoar e o freio motor no carro do Harald/Ivonete, mas sem problemas pois estávamos em nossas casas e transformamos estes dias num acampamento bem divertido.
Na quinta-feira cedo seguimos para São Miguel das Missões para que nossos amigos conhecessem as ruínas e o show de som e luzes. No trajeto manifestação popular e capotamento.
Mal visitamos as ruínas e a chuva voltou a cair mas na hora do show, deu uma trégua. Cederam luz pra gente no estacionamento junto ao Setor da Secretaria de Cultura e Turismo que cuida do Sítio Arqueológico São Miguel e, por isso, nem fomos até a pousada das Missões ali ao lado.
Quem só conhece esta redução jesuítica costuma se encantar mas conhecendo outras, pelo menos San Ignacio Mini e Santa Ana (clica no azul pra saber mais), ambas declaradas Patrimônio Mundial pela UNESCO na Argentina, verá que falta muito em conservação e na forma de divulgação/comunicação com os visitantes.
Sexta-feira seguimos para Cerro Largo, a amada terra do Renato. Fizemos uma pequena carreata no centro da cidade e nos instalamos no ‘sítio urbano’ da família Wenzel (hoje com as devidas instalações elétricas para os 4 MH da família) e já na primeira noite ‘saiu uma sessão cantoria’ com Cláudio ao violão.
No sábado Nilson e Beth chegaram a tempo de participar da feijoada do Renato que agregou pais, irmãs, tios, um casal de primos e nossa ‘comitiva’.
Domingo, dia de conhecer o SPA da Dani e realizar mais uma ‘quitanda’ de produtos sem agrotóxico em Salvador das Missões.
E à noite um rodízio de pizza no Mário/Maria/tia Erna com música ao vivo com o multi-instrumentista (acordeom, bateria e flauta num único instrumento) Zeferino.
À tarde não podia faltar o chimarrão na praça, prática comum aos moradores da cidade.
Na segunda-feira, na saída, nosso carro amanheceu sem embreagem (a mangueira do cilindro do pedal havia se soltado) o que foi rapidamente resolvido pelos mecânicos chamados.
Mais tarde, já na estrada, problema com um dos pneus do carro do Harald, resolvido na borracharia próxima.
Com estes percalços, próprios da estrada, acabamos chegando à divisa entre os Estados do RS e SC ao anoitecer o que foi muito bom.
Com isso pernoitamos no Restaurante Panorâmico (BR 386, km 1- Iraí/RS) próximo à ponte sobre o rio Uruguai.
Conseguimos luz e mais: mesmo fechado fritaram peixes pra nós! Montamos nossas mesas e cadeiras e nos deliciamos com este verdadeiro manjar dos deuses!
No outro dia uma pequena espera para atravessar a ponte (em restauração) e chegamos em Santa Catarina. Dali fomos até Barracão(PR)/Dionísio Cerqueira(SC)/Bernardo de Irigoyen(AR) para as comprinhas de sempre (vinho, azeite, azeitonas…). Coisa rápida.
Renato deixou o carro numa oficina pra verificar um problema de desempenho, provavelmente por vazamento no sistema intercooler.
Seguimos viagem e a estrada só piorava. Dormimos em Capanema num dos melhores postos (Posto Rota do Sol – S27º57.950 W051º47.580) onde já ficamos: limpo, tratamento gentil, internet wi-fi, churrasqueira, mesa, luz, água, tudo de bom! Perfeito para o PL (pão com linguiça organizado por Nilson e Bete).
Ainda com estrada muito ruim! Era tanto buraco que danificou o rodoar instalado no carro do Harald. Cláudio recolheu as peças caídas em meio ao trânsito pesado e nos avisou.
Assim seguimos até a BR 277 e daí até Foz do Iguaçu onde nos instalamos no Paudimar (R$25,00 a diária por pessoa e não cobram o MH) com certeza um dos melhores Hostels que já vimos (limpo, com café da manhã, arborizado, serviço de van opcional, piscina, ampla lavanderia e boas áreas comuns).
Mesmo cansados da estrada ruim locamos a Van e fomos para Puerto Iguazu na Feirinha onde nos esparramamos no pastel e tábua de frios acompanhados de uma cerveja gelada (claro que trouxemos uns queijos especiais…).
No outro dia, Ciudad de Leste (pra mim quase sempre um tormento) mas desta vez foi melhor e até divertido pois me deixei guiar por Ivonete que conhece tudo…
Na metade da tarde descarregamos as ‘águas negras’ no lugar adequado (no Paudimar) e seguimos para Santa Helena.
Já anoitecendo, próximo à entrada do Parque, um dos pneus do carro do Harald apresentou problema, justo aquele que ficou sem o rodoar. Feito um conserto provisório seguimos até o Parque.
Já era escuro quando, finalmente, nos instalamos.
De Itapema até SH percorremos 1.938 km.
Que beleza, hein? Bom vê-los curtindo tanto. Na foto em que o vô tá falando, tenho certeza que o pai tá chorando... hahahahaha
ResponderExcluirAdoroooooo São Miguel das Missões.
Não entendi o protesto...
Cuidem-se e divirtam-se!!
<3 <3
O protesto era contra a construção de uma penitenciária a beira da BR e bem próxima à cidade. Saudades de ti filha amada.
ExcluirComo é bom ver esses relatos, vocês estão sendo nossos guias para futuros empreitadas pelo mundo. Estamos com saudades de Cerro Largo e dos familiares da nossa região. Como você citou, viajar pela Argentina tem seus percalços, quando penso em ir prá lá, chega me dar calafrios mas já conheço San Ignácio, quem sabe crio coragem e me arrisco de novo.
ResponderExcluirPaulo conhecer as reduções jesuíticas da Argentina vale a pena. Obrigada por nos acompanhar. Abração
ExcluirGraça, Que delícia! Viajar e ainda compartilhar isso com os amigos... Não tem coisa melhor! Espero que o Renato esteja bem de saúde! Abraços
ResponderExcluirÉ tudo de bom mesmo Karina. Re tá muito bem e fica melhor quando estamos na estrada e com amigos queridos. Obrigada por nos acompanhar. Beijão
ExcluirViajo junto com vocês. Em cada parada a cada descoberta, é magnífico descobrir o mundo curtir as belezas e a pluraridade desse imenso Brasil.
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