segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Viagem ao Mercosul 2008

Aqui encontras nossas considerações finais sobre a viagem e indicação de como acompanhá-la a cada post

Período da Viagem = 90 dias
Saída de Floripa: 8 de agosto de 2008
Chegada em Floripa: 7 de novembro de 2008.

Quilômetros rodados
GPS = 16.049
Hodômetro/MH = 15.500



Países visitados: Argentina, Chile, Peru, Uruguai e Brasil






Trajeto percorrido






Pretendíamos ir até Ushuaia mas não foi possível. Optamos por conhecer melhor o Peru para, um dia sem pressa, fazer este trajeto.





Estradas percorridas na Argentina, Chile e Uruguai.

















Brasil: ida e volta













Alguns amigos que viajaram conosco nos bagageiros/porta-malas questionaram/sugeriram várias coisas neste período. Nesta tentativa de conclusão do relato tentaremos satisfazê-los.

Assim, lá vai:

Por quê o Blog?










Retomando o que afirmamos no início do relato “Quem planeja bem sabe sair dos planos. Quanto mais você prepara a sua viagem, (...) maior facilidade terá para identificar as oportunidades de sair do planejamento inicial. Quem aterrissa totalmente no escuro não tem radar para avaliar qual é a boa e qual é a roubada”. (Revista Viagem, julho 2008, Ed. 153, p. 119)

Costumamos planejar nossas viagens nestes 25 anos de RV (um de trailer, 24 de MH). Nos primeiros anos aproveitávamos as férias de janeiro, o recesso escolar de julho (uma semana) feriados e finais de semana para curtir nossa casa rodante, sempre acompanhados dos dois filhos (hoje com 26 e 24 anos). Depois de aposentados continuamos com assessorias e cursos por mais uns 6 anos e, sempre que possível, íamos de MH. Também o utilizamos para as visitas aos amigos e parentes. É nele que mais nos curtimos, também...

Se uma das fases do planejamento é o levantamento de dados, encontrá-los é fundamental. Quanto mais detalhes se consegue maiores as alternativas e menores as probabilidades de erros que, neste caso, pode significar menos perda de tempo em lugares desconhecidos (procurando um lugar seguro para ficar/acampar, por exemplo).

A experiência da viagem em 2007 (ver na Revista MotorHome nº11 e no blog http://sowen.blog.terra.com.br/) só confirmou o quanto uma pequena informação pode fazer toda a diferença. Daí é que estamos convencidos de que cada relato e seus detalhes são valiosos para as nossas recordações e para quem precisa, a qualquer pretexto, delas.

Considerando a infra-estrutura e/ou a ausência dela nos lugares visitados também nos parece relevante detalhar alguma coisa sobre autonomia, tamanho, equipamentos, etc do MH. Por exemplo: dizer que existe um desvio sob o viaduto X que encurta em 10 quilômetros o trajeto pode ser uma furada para carros grandes se o mesmo tiver pouca altura e isso não for informado...

Enfim acreditamos que para viajantes como nós a informação quanto mais detalhada, melhor: ela só poderá ser avaliada se testada, é claro, até porque toda experiência é única, sempre!

Especificação das condições de viagem? Nesta perspectiva, cabem os detalhes que seguem: como as fotos mostram nosso MH é grande (perfeito em termos de conforto, mas com alguma limitação em centros históricos), com ar condicionado central, Resfriar e aquecedor a gás no quarto (levamos 4 botijões de gás), gerador, antena Sky, refrigerador (gás e elétrico), freezer vertical pequeno, lavadora de roupa, tanque de água servida de 200 litros, de água limpa, com 500 l. e de detritos com 250 l.. O tanque de combustível (300 litros) fazendo, em média, 5 km/l. Isso nos deu uma relativa autonomia principalmente no noroeste da Argentina e no deserto do Atacama (no primeiro lugar o combustível era escasso e, no segundo, havia poucos postos). Por conta destas condições, não usamos e, por isso, não detalhamos as condições dos banheiros, lavanderia e outros serviços dos campings e postos.

Telefone celular (TIM) só usamos para possível emergência e para enviar mensagens de texto. O acesso à internet, na maioria das vezes, foi wi-fi em postos onde pernoitamos. No noroeste da Argentina em alguns postos YPF, no Peru, nos campings/hotéis, no Chile (do centro para o sul nos postos COPEC Pronto e nos campings). De Bariloche a Buenos Aires não conseguimos acessar nos postos YPF, apenas num ESSO conforme relato. Apenas em Tilcara (AR) usamos “LAN” para postagem do blog.

No Peru, Chile e Argentina a Claro domina (além das específicas de cada país) e só tem Directv. A Sky só ‘pegamos’ até um pouco antes de Resistência (AR). Nos trechos argentinos por onde passamos a TV só pegava (e mal) um ou dois canais de TV aberta mas no Peru e no Chile pegávamos bem e vários.

Como nós dois gostamos de cozinhar, comemos muito no MH. Restaurantes, para conhecer comidas típicas, acompanhar amigos ou para comemorar alguma coisa.

A grande lacuna, comum aos cinco países percorridos, é a quase que total ausência de local adequado para esvaziar o pinicão, forçando-nos ao velho e ecologicamente inadequado método de adubação orgânica, digamos assim (o Atacama jamais será o mesmo, rs, rs, rs...). Nas vezes em que precisamos descarregar, apenas no camping Petúnia (Bariloche) e no de Villa Elisa (AR) encontramos um local específico pra isso.






Aqui, canalizados... (Petúnia)









Aqui, local único para todos... (Villa Elisa)





Não viajamos à noite o que se mostrou ideal para esta viagem (não só pela segurança) cujos destaques foram as estradas e suas respectivas paisagens.

Também vale lembrar que o bom de cada lugar sempre deve ser relativizado, como por exemplo, em relação aos campings: no noroeste da Argentina (Salta, Tilcara) são muito bons, mas não têm grama, ou seja, como tudo por lá, significa muita poeira. No norte do Chile isso se repete e com diárias bem mais caras.

A questão da altitude também é relativa. Tivemos alguns desconfortos, mas nada sério e, nem sempre, nos lugares mais altos. Chá de folha de coca (também vendem em saches) tomado em pequenos e espaçados goles, bastante água para hidratar e um Sorojchi Plus resolveram.

Uma viagem dessas, sozinhos e em lugares desérticos ou íngremes como Machupicchu requerem um carro em boas condições e exames médicos no equipamento humano. Claro que isso tudo não nos livra de imprevistos, mas dá uma certa tranqüilidade o que já é uma ajuda.






Enfim, talvez por termos viajado sozinhos, sentimos que a cumplicidade/intimidade e a sensação de aventura, com certeza, são ingredientes que ampliam/melhoram a qualidade da relação afetiva e da parceria a dois!




Com certeza foi a nossa melhor viagem!
Hasta la vista...


Viaje conosco






















CANCIÓN COM TODOS
Armando Tejada Gomez/Cesar Isella






Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Mas vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar toda la piel de América en mi piel
Sale en mi sangre un río
Que libera mi voz su caudal.

Sol de alto Perú
Rostro Bolívia estaño y soledad
Un verde Brasil besa
A mi Chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Una raíz de un grito
Destinado a crecer o estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento
Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Como un grito en la voz.






Por último mas não menos importante: como conclusões são sempre sínteses provisórias, agradecemos as contribuições para aperfeiçoá-las.















Brigadu pela companhia e pela força.










Até a próxima...















Gracias!!!






















































5 comentários:

  1. Cada descrição é uma nova viagem e este relatório final mostra a grandeza desta aventura.
    A parte do Peru foi a primeira vez que leio um relato de uma viagem de motor-home por lá. Está ou estava nos meus planos ir para lá pelo Acre e daí descer o Chile, mas depois dos Lençóis Maranhenses eu não consigo pensar em outro lugar hehehe. Em breve nos encontrarão lá certo Renato e Graça!
    Grande abraço

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  2. Ola amigos e companheiros.
    Somente agora estou conseguindo colocar em dia a leitura dos emails e blogs que acompanho.
    Acho que essa conclusão da viagem deveria se tornar um manual para todos viajantes. De maneira resumida, vc consegue explicar tudo que é necessário para quem queira se aventurar por esses países.
    Parabéns e que novas viagens se iniciem rapidamente.

    beijos
    Fernando e Andréa,
    casalnaestrada

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  3. Grande Graça.

    Aqui quem fala é o Leonel, filho do Mário Palombo e neto da Dona Hilda, o do meio, o mais alto rsrsrs

    Te conheci realmente no valório da tia Lolo, em Floripa, neste ano.

    Pois bem, não sabia dessa sua paixão por viajar, coincidentemente compartilho desta mesma idéia, pra mim não há nada melhor na vida do que conhecer outros lugares, outras culturas, etc.

    Uma pena que minha família, de um modo geral, não compartilhe da mesma idéia.

    No entanto, incrivelmente, estamos planejando irmos para Machu Picchu, esécificamente eu, o fred e o pai, local onde, pelo visto, vocês adoraram, porém pelo tempo escasso pretendemos ir de avião, saindo de Florianópolis até o Acre e de lá de carro até Puerto Maldonado-PER.

    Posteriormente, pretendemos ir de avião até Cuzco e de trem até a cidade Inca.

    Mas, assim, gostaria de saber se REALMENTE vale a pena conhecer aquele lugar, se você poderia me dar algumas dicas sobre o preço das coisas e etc, enfim, o básico que se deve saber pra quem vai até aquela localidade.

    No mais, gostaria que me respondesse por email, que é, leonel.palombo@hotmail.com

    Grato pela atenção, abraços de toda família Palombo!

    Leonel

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  4. Gostei do MH muito bacana estou trb para adquirir o meu também e vcs serão uma boa inspiração para nós

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