quinta-feira, 4 de setembro de 2008

De Susques/AR (aduana) a Calama/CH

Continuamos até Susques onde pernoitaremos já que em Paso de Jama não é recomendável pela altitude e ar rarefeito.
Susques se intitula o Pórtico dos Andes e já pertenceu a Bolívia e ao Chile. Às 15 horas passamos por dentro do pueblo e não nos agradamos, entre outras coisas pela quantidade de caminhões aguardando atendimento na aduana. Seguimos mais 1,5 km e estacionamos junto ao hotel El Unquillar (RN 16, Lote 0523, hotelunquillar@hotmail.com - http://www.elunquillar.com.ar/, localização no GPS: S23° 24.666’ W066° 22.454’) quando um vento com rajadas fortíssimas nos assolou (Renato resolveu prender as clarabóias e a antena da Sky por medida de segurança). Fomos muito bem recebidos por Clara, Georgina e Sergio que cederam luz e um lugar protegido. Estabeleceu-se que por $10,00 os MH poderão pernoitar com direito a luz e água: com certeza a melhor opção neste ponto da viagem!
Depois de uma boa cochilada tomamos um té de coca e banho com água morna porque o ar rarefeito, além do motor do carro, também atinge o desempenho do gás, pois segundo nosso Garmin estamos a 3.626 do nível do mar.
Dia 28 de agosto. Levantamos as 06h30min e ainda era noite. Talvez este seja o maior frio que pegaremos: dentro do MH, de 1° a 5 ° (dependendo do local e com o aquecedor ligado) e fora, -12°!

Saímos as 07h30min e até a aduana de Paso de Jama (AR) só encontramos um carro. A explicação dos guardas: pra quem vem do Chile ainda é muito cedo e os da Argentina estão retidos antes de Susques por um dia para explosão de rochas (desta, escapamos).

Uns 500 metros antes desta aduana estão concluindo a instalação de um grande e completo posto YPF/ACA (mais uma opção de parada).

A passagem na aduana Argentina foi tranqüila enquanto a temperatura só baixava. Ali encontramos um fiscal que já veraneou em Floripa e em Itapema! Segundo o GPS, ali, a altitude é de 4.164 e no Km 94 da carreteira CH26, com muito vento, é de 4.837 (a mais alta que já pegamos). Pouco tempo depois, ao pretender usar a água no MH, percebemos que as bombinhas não ligavam: a água nos dutos estava congelada.


Desde Paso de Jama, Renato se preocupou com a luz vermelha acesa (no painel) da bateria. Com medo de que ficássemos sem bateria, até Calama ele não desligou mais o carro. Ao mesmo tempo, os instrumentos de combustível, temperatura e outros acusavam números menores do que o real. O freio motor também não funcionava mais. Com isso, descemos o pior trecho (até São Pedro de Atacama) só nas marchas e sem o freio motor (ele só me contou na aduana embora eu tenha perguntado se havia alguma coisa estranha com o motor). Praticamente descemos aqueles famosos 42 quilômetros onde a altitude baixa uns dois mil metros na 3ª e 2ª marchas, um horror, mas em segurança. É impressionante o nº de cruz à beira da estrada (fotografei o local citado por João Leopold: http://joaoleopold.blogspot.com/). Tem mais de 15 saídas de emergências nestes poucos quilômetros! Estas saídas são de brita para que os caminhões que fiquem sem freio possam ser parados.

Na aduana chilena em São Pedro de Atacama, contrariando as informações que tínhamos, a passagem foi tranqüila, rápida e simpática: temos certeza que pegamos as pessoas certas, na hora certa, observando outros atendentes em ação.


Com o “problema” da luz vermelha no painel, e não havendo eletricista ali, seguimos direto para Calama. Assim, precisaremos voltar pra ver a capital arqueológica do Chile.



Em Calama perambulamos um pouco em busca da Mercedes Benz, que fica bem no trevo de acesso a Chuquicamata (cuja vila está totalmente desativada e só se tem acesso ao local através das visitas agendadas), até que um moço de caminhonete nos levou até lá.

Em lá chegando, EUREKA: Renato lembrou que ao descer na aduana argentina em Paso de Jama, como não conseguiu desligar o carro (o afogador não funcionou) deixou a chave virada o que ocasionou toda a encrenca. Ou seja, com a chave de ignição desligada, algumas funções elétricas do painel se modificam. Assim mesmo, o funcionamento do motor não se alterou que é o que importa.

Lá pelas 19 h (no nosso horário), começando a escurecer, fomos para o Centro Recreativo Camping Extracción, na Avenida La Paz, 1556 (http://www.campingextraccion.ch/, S22° 27.930 W068° 54.984). Diária de R$ 15,00 ($5.000).

No outro dia, cedo, fomos a pé para o centro da cidade (já sentindo a altitude), não encontramos em nenhum quiosque ou livraria um mapa carreteiro do Chile e, tampouco um dos Guias Turistel (que em anos passados compramos na aduana de Los Caracoles). Se o atendimento na MB foi ótimo, no resto da cidade (que não é bonita) foi seco, nada amistoso: por isso não tirei nenhuma foto.

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