quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Torata, Carumas, Laguna Laricota a caminho de Puno

31 de agosto. Nosso objetivo agora é chegar em Puno. O único mapa do Peru que conseguimos comprar não difere do que imprimi na internet, ou seja, não deixa claro quando é e quando não é estrada asfaltada.


Assim seguimos, e na entrada de Torata, olhando o mapa, devíamos ir para a esquerda e assim o fizemos. Descemos, descemos mais umas curvas e ao entrar na cidade o MH entalou numa de suas ruelas: Renato desceu de ré, com a minha ajuda (por isso não temos foto) uns 500 metros, o que não é pra qualquer um! Conclusão: até o tamanho de uma Van, vale a pena conhecer a cidade por dentro, mais do que isso, contorne-a, seguindo a estrada a direita.

Estamos na Carretera Binacional Puno/Desaguadero cuja sinalização é precária em todo o percurso de muitas curvas. No desvio para Puno a surpresa: estrada de chão! Mudamos o roteiro seguindo até Desaquadero aumentando em muito os quilômetros (200 mais ou menos) a serem percorridos até Puno.

Em Carumas uma placa indicava 4.530 msnm e, logo adiante, outra com 4.662 msnm!



Após três horas de viagem achamos um espaço para estacionar (cercado de llamas ou de suas parentas) onde paramos para almoçar, em pleno deserto. Ao sairmos do MH para fotografá-las um enjôo nos pegou. Depois de uma hora e medicados seguimos viagem.



Perto de Laguna Laricota, onde era curva e mais curva, uma placa indicava: 4.800 msnm. Levantar pra fotografar? É ruim, hem!


Chegamos em Desaguadero um lugar muito feio e sujo e resolvemos tocar para Puno numa estrada indicada como asfaltada mas que parte não tinha asfalto, outra estava sendo restaurada e outra bem ruim.



No caminho muita beleza típica de mãos dadas com a pobreza. Muitas casinhas azuis (patentes de rua) chamam a atenção (parte de um projeto sanitário governamental).

Chegamos em Puno à noite, mareados e muito cansados. Um taxi nos guiou até o Camping/Hotel que tínhamos como indicação dos amigos alemães (Walter e Christa). Assim que vimos o lugar pensamos: todo o sofrimento de hoje será recompensado pelo visual que teremos daqui. Ledo engano: o Hotel Libertador há um ano desativou a parte de camping.

Quem atendeu ao Renato deve ter percebido seu cansaço. Telefonou para uma amiga que trabalha numa pousada bem perto do hotel. Fomos pra lá: viva, finalmente um lugar sem pó e com calçadas, o melhor até agora!

Hoje rodamos 419 km, num total acumulado de 4.757 (o GPS marca 5.265)

Um comentário:

  1. Renato e Graça parem por uns dias, desçam a um litoral para se refazerem. Surpreendeu-me a demora de vocês comentarem sobre o enjôo, é muito sobe e desce e isto dá uma tontura danada além de umas dores de cabeça muito chatas. Eu estou ansiando por descrições mais detalhadas sobre o Peru, sensações de segurança, beleza, maneirismos do povo, etc.

    Segundo um amigo alpinista chamado Tiaraju os Andes peruanos são os mais lindos de toda a cordilheira então descansem bastante e ENJOY!

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