terça-feira, 21 de outubro de 2008

Chiloé Insular e Quellon (Chile)

Esta zona turística do Chile “incluye la Isla Grande de Chiloé, el archipiélago de isla interiores y el sector continental desde el fiordo de Comau hasta el fiordo de Reñihue. (…) distinta al resto de Chile, superándose la clásica división entre Cordillera de la Costa, Valle Central y Cordillera de los Andes. Aquí el Valle Central se hunde, dando paso a un mar interior; la Cordillera de la Costa está fragmentada en múltiples islas; y la Cordillera de los Andes deslinda con el océano. (…) En esos tres siglos se desarrolló una cultura ‘intramuros’, producto del mestizaje hispano-mapuche y condicionada por el medio marítimo. Hoy permanece vigente, con testimonios que sorprenden al viajero.”

Em Chiloé o fenômeno das marés é bem visível em muitos lugares permitindo que seus habitantes possam, digamos assim, colher alguns frutos do mar em plena praia.

Outro destaque é sua arquitetura religiosa com mais de 150 igrejas e capelas predominantemente construídas de madeira.

Tranquilamente, em 20 minutos, atravessamos o Canal de Chaco num transbordador ($18.500) e pernoitamos no COPEC (bem simples mas nos cederam luz) na entrada de Ancud (Av. Anibal Pinto). No outro dia fomos abastecer (retribuindo a gentileza), mas não tinham diesel.



Seguimos até o Camping y Cabanas Chiloé (o mais perto do centro, uns 600 metros) que, na temporada pode ser bonito, mas que estava totalmente abandonado: porteira aberta, casas fechadas, carros chilenos estacionados e ninguém para atender. Re se pilchou de mecânico e arrumou o rodo ar. Em todo este tempo nenhum vivente apareceu e seguimos para o centro.

A beira mar, em frente a um COPEC, tem estacionamento pago onde deixamos o MH enquanto comprávamos mariscos e pescados no mercado que é bem sortido e tem uma interessante feira artesanal com muitos produtos de lã e calentadores (chimeneas de piedra cancagua) feitas à mão. Queríamos um destes para usar como lareira lá em casa (cujo espaço aguarda uma desde 2002), mas só encontramos grandes e quadradas o que não nos convinha.

Decidimos seguir até Quellón no ponto mais austral da Ilha e onde termina a Panamericana e, na volta, ir parando. Na saída da cidade quem encontramos? Eles mesmos: Andréa e Fernando (http://casalnaestrada2.blog.terra.com.br/) retornando de Valdívia. Seguimos juntos desde aí.
Cangrejos de Quellón

Torre do museu (Ancud)

Em Quellón fomos até Punta Lapa no marco indicativo do final da Ruta 5 – RODOVIA PANAMERICANA – que começa no Alaska e onde termina o asfalto.

Vulcão Chaiten visto de Quellon

Lá, finalmente compreendemos porque o vulcão Chaiten não aparece em nenhum mapa chileno: segundo uma ex-moradora do pueblo só eles sabiam que aquela montanha era vulcão: o resto do país, não! Que estranho né? Ainda segundo ela não houve erupção, mas cinzas e tremores que fizeram com que os rios destruíssem tudo. Hoje o vulcão expele uma densa fumaça branca que, num primeiro momento, confunde-se com nuvem.






Camping perto de Punta Lapa




Camping em Quellon

Detalhes do camping



Abaixo e à direita, o camping....
Papos gostosos acompanharam, numa noite salmão e salsicha na brasa; num almoço um gostoso risoto de fungui do mestre Fernando sempre acompanhados de vinho: e assim seguimos com nossa dieta nada restritiva.


Paisagem em Quellon CH

De manhã, o que víamos lá do camping;



O tamanho das algas impressiona


Chaitén e sua nuvem de fumaça

Quellon, Conchi/Chiloé CH

Barcos coloridos e vulcão (Conchi/Chiloé)


Sem palavras...

Tulipas na casa em frente ao camping

De Quillón fomos para Conchi. Estacionamos na costanera bem em frente ao armazém dos licores onde compramos uma garrafa do tradicional Licor de Oro (de leite e preparado artesanalmente) e no mercado, as roscas de pan dulce. Totalmente dispensáveis...

Conchi e Castro CH

Detalhes de Conchi





Dali fomos para Castro, capital desde 1982, onde estacionamos junto à praça principal, caminhamos até o cais, fotografamos seus típicos palafitos, o Mercado Lillo e a feira artesanal.



Castro/Chiloé CH

Belo e imponente cisne de colo preto em frente aos palafitos...

Feira e Mercado de Castro



Encontramos brasileiros de Minas Gerais.

Seguindo pela antiga estrada a Castro, um lindo trecho de estrada, numa região histórica também conhecida como cinturón de lana onde se encontram os artesanatos mais originais de Chilóe, quando nos domingos os habitantes da ilhotas próximas vendem seus produtos numa feira animada com músicos locais.

Em Putemún não conseguimos entrar no Mirador Los Flamencos porque na rodovia não se tem onde estacionar e o caminho de terra (uns 100 metros) é muito estreito. Tudo bem, pois a beleza do trajeto compensava qualquer contratempo.

Camping em Dalcachue/ Chiloé CH

Um pouco depois, (uns 500 metros antes do centro de Dalcachue), a beira mar e com uma vista estupenda o Camping y Hospedaje Bordemar (http://www.turismobordemar.blogspot.com/, e-mail: hospedajemagali@gmail.com, S42°22. 892’ W073°39.536).



Os proprietários, Rene e Magali, de uma simpatia ímpar, nos conquistaram imediatamente. Chimarrão observando a maré baixa e movimento no canal... Tudo de bom!




Camping Bordemar

Vista que tínhamos a partir do Camping Bordemar:



Ao anoitecer, o ferry entre uma ilha e uma ilhota, lindo!



E a maré baixando....



No centro da cidade uma foto especial para o meu pai que tanto quanto eu ama as coisas do mar...


No outro dia com a maré baixa aumentou o número de pessoas colhendo marisco.

Ancud/Chiloé CH

Visitamos a igreja Nossa Senhora Das Dores (patrimônio da Humanidade) com seus nove arcos. Na saída Renato, que na véspera deu um show de braço para entrar num portão estreito para nosso MH não lembrou/viu o suporte externo do aquecedor a gás que restou amassado.

De volta a Ancud Renato, mesmo sem precisarmos, colocou combustível no Copec onde pernoitamos dias atrás (aquele que, na ocasião, não tinha diesel) só pra não deixar furo, pensando nos próximos companheiros que por ali passarem. No centro da cidade estacionamos no mesmo lugar e almoçamos no excelente e bonito Kurantón.



Um breve descanso e novamente estrada, transbordador ($12.000)...