DE GUALEGUAYCHÚ A EL BOLSÓN
O que significa Argentina? Vem do Latim argentum = prata.
Observação Em Victoria/AR programamos de forma automática o GPS até a Ruta 40 após Bariloche. Assim estamos seguindo o roteiro que ele nos programou o que se mostrou excelente. Boas estradas, pouco tráfego e roteiro mais curto. A exceção foi na saída de Rosário que achamos ser melhor ficar sempre na Ruta 33.
5º dia (25 de fevereiro) – de Carmelo/UY a Victoria/AR Rodamos 375 km
Sabe aquele dia em que a gente se pergunta por que foi sair do conforto de casa ou de sua cidade? Assim foi nossa sexta-feira. Num dia assim até as picuinhas têm uma proporção irreal!
Em Gualeguay nos abastecemos no Carrefour: finalmente carne, frutas e... vino!
O YPF onde abastecemos era um caos de tão desorganizado e, pra completar, não passou o cartão de débito. Tivemos que pagar em efectivo.
Programamos os GPS (Garmin) pra irmos até Victoria-ER. Em torno de uma hora paramos junto a uma “estación de servicio” pra almoçar, quando Graça relatou que havia água na parte inferior da geladeira. Ao verificar, Renato observou que a mesma não estava funcionando, pois a luz vermelha acesa acusava falta de corrente (bateria). Ainda tinha arranque pra ligar o motor, quando a luz apagava e a geladeira funcionava novamente. Daí para frente foi uma novela em busca de ajuda, junto a vendedores de bateria e eletricistas. Os três procurados foram unânimes em seus diagnósticos: não era problema de bateria e sim de carga delas. Ao mesmo tempo, indicavam que tanto o alternador quanto o conversor enviavam carga. Aqui cabe um registro da atenção dada pelo Sr. Luis Alberto Pralong, em Gualeguaychú: embora sendo final de tarde de sexta-feira, foi prestativo e nos tranquilizou de que não se tratava de problema de geração de carga. Por que, então, as baterias não carregavam?
Este mistério ficou pra ser resolvido no sábado, já instalados no camping em Victoria, uma vez que até arranque não tinha mais. Aí entrou a experiência do Neca. Apontou como possível causa a falta ou pouco terra. Assim, limpeza em ação de todos os terminais de terra e os outros também. Fizemos um rodizio das baterias e parece que deu resultado. Elas estão carregando novamente. Como todas as quatro baterias acusaram voltagem superior a 12 volts (antes, duas estavam abaixo de 10), o feito teve que ser comemorado com whisky superior a 12 – ou seja 15 anos. Nada mau!!!!!!
Victoria é uma cidade turística situada no início do delta do rio Paraná e desde 2003 conta com o Viaducto Rosário – Victoria (um trecho de 60 km alternado entre pontes e aterros) unindo as províncias de Entre Rios e Santafé.
Já era escuro quando chegamos ao Complexo Turistico Ceibo (Villa El Ceibo) há 4 km do centro da cidade. O lugar é lindo, possui farta vegetação, animais silvestres, piscina, etc., mas infelizmente os mosquitos (diurnos e noturnos) impedem qualquer tentativa de permanência.
6º dia (26 de fevereiro) - Rodamos 357 km
Enquanto os guris resolviam o problema com as baterias e com a fechadura (MH Neca/Tere) as gurias aproveitaram para lavar roupas e faxinar as ‘casas rodantes’ (nada como uma boa e tradicional divisão de tarefas!).
Com tudo resolvido seguimos para Rosário desfrutando da bela paisagem da travessia pelo Viaducto onde “el tramo de puente colgante mide 608 m de largo y está compuesto por dos torres principales de 126 metros de alto”.
Rosário é um importante polo de desenvolvimento regional e uma das cidades mais importantes da Argentina.
À beira do rio Paraná escolhemos uma sombra na costanera de 5 km para saborear nossa feijoada congelada: perfeito!
Em Rufino a frentista do YPF que atendeu ao Neca nos indicou o Parque Balneário Municipal para pernoitarmos. Melhor estraga, diria o vivente: uma imensa área verde com churrasqueiras, piscina e diversas opções esportivas onde fomos bem acolhidos. Instalados com água e luz saboreamos o galeto assado pelo Anacleto acompanhado de um vinho nacional (argentino, por supuesto).
A recepção calorosa das pessoas impressiona. E claro que os MHs viraram atração...
7º dia (27 de fevereiro) – Rodamos zero km
Dormimos sem hora para acordar e decididos a curtir o domingo neste parque. Depois do chimarrão Neca e Renato se enfrentaram numa disputadíssima partida de tênis (quadra de saibro), Tere se dedicou à maionese e Graça ao blog. Mais tarde um assado, caipirinha, cerveja e bom papo: vida difícil!
Novamente aproveitamos a água farta para faxinas: nos carros e em nós.
8º dia (28 de fevereiro) – Rodamos 750 km
Saímos descansados de Rufino mas em Santa Rosa, novamente, um YPF (posto de combustível) nos tirou do sério: primeiro dizem que aceitam cartão de débito, depois do tanque cheio, dizem que só aceitam crédito mas quando topamos, só aceitam em ‘efectivo’ (dinheiro vivo, pesos argentinos). A gente percebe que é pura ‘sacanagem’... Dá próxima vez mandaremos retirar o combustível que colocaram! (Ah! e do Neca, minutos antes, aceitaram cartão de crédito).
Só não foi pior porque usamos a internet (wi-fi) na lanchonete (que também só aceita ‘efectivo’). Este posto fica uma quadra antes do YPF/ACA (S36º37.161 / W064º16.058) com hotel e caixa automático, em frente a um Cassino. Neste não tem internet.
Depois pegamos uma estrada cortando o deserto e muito calor. O Parque Nacional Lihué Calel (Ruta 152), indicado com 3 estrelas no Guia YPF/Aca, não correspondeu e seguimos adiante.
Cada dia anoitece mais tarde (hoje foi às 20:30 h) e é um por do sol mais bonito do que o outro.
Dormimos no Camping Municipal de Villa de Piedra: arborizado, ao lado de uma represa/lago com luz e água.
9º dia (1º de março) – Rodamos 630 km
A rodovia toda exala um forte cheiro de begônia mas o que se apresenta é uma vegetação rasteira e verde.
Ao ingressarmos na Patagônia logo após sair de Villa de Piedra (na divisa das províncias de La Pampa e Rio Negro), tem uma barreira sanitária. Olharam só a geladeira em busca de produtos animais e vegetais in natura. De repente um lindo oásis: a cidade de General Roca lugar de frutas e de vinho patagônico. Um lugar para incluir no próximo roteiro argentino. Allen também merece mais atenção...
Almoçamos no Dique El Chocón: como da vez passada, fomos até o mirante do lago/represa. Almoçamos com uma vista lindíssima e com uma brisa fresca pra ninguém botar defeito.
Já na RN40 passamos em Piedra del Aquila (onde, em 2008 dormimos no camping municipal). Hoje, além dele, há a opção da praça central (tudo asfaltado ao redor) além do posto. Na loja de conveniências nosso cartão passou tranquilamente o que reforça a idea de sacanagem nos YPF… Abastecemos no posto BR em anexo e Renato acha que o carro, a partir daí, ‘amarrou’ um pouco.
Com o sol ‘maltratando’ a caroneira (de lado), muito vento e calor seguimos até Confluencia Traful: na ruta mesmo. À direita um YPF/ACA e à esquerda um rio com praia onde já tinha outros ‘acampando’ e/ou pescando: não deu outra!
10º dia (2 de março) – Rodamos 187 km
Acordamos cedo sem bateria nem pra usar as bombas d’água!
Na divisa das províncias de Neuquén e Rio Negro tem mais uma barreira sanitária: ali perdemos uns tomates, limões (ai, lá se foi a caipirinha…) e umas frutas.
Nossa expectativa com o trecho de estrada que nos aguardava (em quase todos os relatos aparecendo como a mais bonita já cruzada) foi frustrada por conta de uma chuva ininterrupta. Desde ontem à noite o frio abunda e dá-lhe buscar os casacos.
A beleza deste trajeto merece que voltemos outra vez e com tempo bom. Com chuva, ainda, chegamos a El Bosón ainda no período matutino.
Endereços e Coordenadas
Confluencia Traful (Beira do lago na Ruta 40, antes de Bariloche): S40º43.537 / W071º05.578
Camping no Complexo Turistico Ceibo ou Villa El Ceibo em Victoria/ER (pra quem não se importa com mosquitos): S32º36.995 / W060º06.711’
Camping no Parque Municipal de Rufino/SF: S34º16.348 / W062º42.100’
Camping Municipal Villa de Piedra: S38º09.427/ W067º08.805
Camping El Bolsón: S41º56.578 / W071º32.154 (e Cervejaria) – Ruta 40 (ex 258) km 258 a um quilômetro ‘del pueblo’ e a 200m del la YPF.
Electromecánica AVENIDA de Luis Alberto Pralong, em Gualeguaychú(2820)ER: Acesso Gral. Artigas 1890 – tel. 03446-4402490).