quinta-feira, 14 de abril de 2011

USHUAIA: la fomos nós! Parte 16

 

“Paraguay, situado en el corazón de América del Sur – país mediterráneo compreendido entre los paralelos 19º18’ y 27º36’ de latitud sur, y los meridianos 59º19’ y 62º38’ de longitud oeste –, limita al norte con Brasil y Bolivia, al este con Brasil y Argentina y al oeste con Argentina y Bolivia.”

Com clima tropical e subtropical no verão a temperatura varia entre 25º e 35º e no inverno entre 10º e 20º.

Sua população é de 6.068.000 habitantes, espanhol e guarani são as línguas oficiais e a moeda também se chama Guarani. Os bancos funcionam de segunda a sexta das 8 às 13 horas.

46º dia, 6 de abril rodamos 93km

... “junto ao lago azul de Ypacaraí”...

Levantamos no horário de sempre e seguimos para a fronteira Argentina/Paraguai. Em nossas ingênuas cabeças nada seria pior do que atravessar o muquifo de Ciudad de Leste. Ledo engano!

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Aduana Paraguai 1

Antes da ponte internacional Ignacio de Loyola ficam as duas aduanas no mesmo prédio, se é que aquilo possa ser chamado assim. Tanto de um lado quanto do outro é um caos: filas quilométricas de caminhões na estrada e no poeirento acostamento e um bando de homens te mandando seguir adiante até o local dos trâmites. Quando se desce do MH é um assédio (igual ao de Ciudad de Leste ou de algumas praias brasileiras) como se não soubéssemos nos virar nestes lugares. Um oferece guaranis porque tem muito pedágio, outro te leva aos diversos balcões onde funcionários invisíveis (um vidro com película blackout impede a visão) que só pudemos espiar pelo semicírculo por onde se entregam os documentos. Dali te levam pra outro glichê e mais outro este último do Paraguai quando o funcionário sai do local e cobra a taxa de entrada no país (R$45,00) sem recibo algum, ou seja, a mais deslavada PROPINA OFICIAL. Até agora foi a única vez que pediram as carteiras de vacinas (as nossas estavam no MH) e enquanto Graça as buscava os documentos ficaram retidos a espera da cobrança de mais uma propina (quem sabe!). O lugar todo é muito sujo, parece que se está numa fronteira de países em guerra como vimos nos filmes e os funcionários ... sem comentários! Trocamos $100.- por 90.000 guaranis (se o câmbio foi correto até agora não sabemos).

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Fotografamos a entrada no país mas não a saída da Argentina (cadê a placa???).

Não deu 1 km e já nos pararam e pediram os documentos (todos, inclusive carta verde e vacinas) entram no MH mas não vistoriam nada (achamos que é curiosidade) e mandam seguir.

Menos de 5 km adiante tudo novamente (mas sempre amistosos).

San Ber 1

Nosso destino era San Bernardino ou SanBer à beira do lago de Ypacarai, no Camping y Hosteria BRISAS DEL MEDITERRÁNEO indicado por Edu e Geya.

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Com certeza o melhor lugar onde acampamos nesta viagem: lindas árvores, um lago delicioso para se banhar (Neca , Tere e Re que o digam) e... GRAMA!

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Um oásis/paraíso no caos . Assamos uma carne (dura) que nos fez sentir saudades da Argentina, muchas cervejas e, depois, uma boa noite de sono porque ficou uma temperatura bem agradável.

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Isso sem considerar a simpatia das pessoas, principalmente o Geraldo (dono), e a preocupação com a preservação ambiental.

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47º dia, 7 de abril – não rodamos dada...

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Dia de descanso merecido a todos os jubilados....

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Infelizmente não conseguimos comer um peixe do lago pescado por João...


48º dia, 8 de abril – rodamos 455km

Como fomos alertados para não passar pela cidade de Emboscada porque ali tem uma polícia local que, ilegalmente, retém os documentos até o pagamento de propina alteramos a rota que faríamos para sair do Paraguai.

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Na Ruta 8 novas patrulhas mas quando entramos na Ruta 10, perto de Salto del Guaira, tudo fica melhor com lindas plantações por todos os lados. Nesta rodovia encontramos o primeiro acostamento afastado.

Estava anoitecendo e resolvemos pernoitar na cidade o mais perto possível do shopping China. Ficamos ao lado do posto Petrobrás bem ao lado.


49º dia, 9 de abril (sábado) – 142 km

Brasil, meu Brasil brasileiro…

No outro dia às 7h já estava tudo funcionando e os estacionamentos lotados. Pagamos R$5,00 para o período todo.

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Na saída da cidade tentamos carimbar nossos passaportes mas foi uma missão impossível. Nem na Receita Federal brasileira souberam informar. Fortalece entre nós a convicção de que quando na entrada do Paraguai o funcionário colocou um carimbo qualquer sem realizar registro algum (no papel que o Neca tem fala apenas em 2 pessoas, sem nome nem documento da Tere…).

San Ber a Gauira

Já no Brasil lá vai o Neca pendurar novamente a bandeira.

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Chegamos no Balneário de Santa Helena onde vários colegas já esperam o Encontro. Estacionamos no lugar de sempre mas o melhor de tudo foi a recepção carinhosa dos amigos.

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Endereços e Coordenadas

Camping y Hosteria Brisas del Mediterrâneo – 200 mts, de COPACO (Bº Colón). (0512) 232 459/ (0981)510555 San Bernardino/Py (www.galeon.com/campingparaguay) brisasdelmediterraneo@yahoo.es / bisas@tigo.com.py (S25º17.625’ / W057º18.681’)

Secretaría Nacional de turismo (www.paraguay.gov.py)Palma 468 – Asunción, Paraguay (infosenatur@senatur.gov.py)

USHUAIA: lá fomos nós! Parte 15

41º dia, 1º de abril – rodamos 89 km

carlos paz cordoba e alta gracia

De Carlos Paz à Córdoba são 37.8 km e até chegarmos ao YPF/ACA, junto ao Hotel ACA, rodamos 89 km e isso com dois GPS e vários mapas à disposição!

Tínhamos a informação de que em Córdoba (capital da província do mesmo nome) teria um ‘camping municipal dentro do lindo parque San Martin, aberto o ano todo’. Encontramos no GPS uma indicação do parque e do camping e a seguimos: era após a Av. Circunvalación, um parque feio, num bairro feio e totalmente aberto (só a piscina estava cercada e limpa). Desconfiamos que chegamos no lugar errado mas no GPS não tinha outra opção e ninguém nos soube indicar outra coisa. Aí começou uma sucessão de busca aos YPF’s ACA: cada motorista tinha uma indicação, o que resultou num tour forçado na hora do rush numa sexta-feira. Finalmente chegamos ao YPF junto ao Hotel ACA (Av. U. Frías), perto do centro. Lá nos deixaram ficar atrás do posto, ao lado do estacionamento dos carros de socorro deles. Com o gerador ligado ficou beleza.

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Mais tarde Fernando e Isa (com dois dos três filhos) vieram nos visitar trazendo os comes completos. Vino daqui, vino dali ficamos até as 3h30min hs papeando.

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42º dia, 2 de abril – rodamos 46 km

Infelizmente a @ não funcionou na lanchonete do YPF/FULL. Às 10 h fizemos o city tour num doble bus ($35.- por pessoa) que dura 01h30min (à tarde ele sai às 18 h).

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Almoçamos no shopping Palos Altos que fica bem no centro da cidade cuja peculiaridade é que, embora moderno por dentro, manteve a fachada histórica uma exigência das construções nas ruas adjacentes, o que nos agradou muito.

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Sugestão de Fernando ensejou mais uma mudança no roteiro: seguimos para Alta Gracia em busca da Estancia Jesuitica e do Museu Ernesto Che Guevara ou La Casa del Che ($5.-), onde ele viveu dos 4 aos 16 anos, transformada em museu em 2001.

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Além do resgate histórico e de cópias de algumas de suas famosas cartas estão a bicicleta (onde ele acoplou um motor e percorreu boa parte da Argentina) e a moto (eternizada no filme Diários de Motocicleta), com a qual percorreu com um amigo a América do Sul. Ali, mais do que nunca, a gente se arrepia lendo: “hay que endurecer pero sin perder la ternura, jamas!”

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Depois estacionamos na praça central e visitamos o Museo de la Estancia Jesuitica de Alta Gracia/Casa del Virrey Liniers ($5.-). Não tem como não rir quando Renato e Neca - que muitos anos passaram nos seminários da Ordem – reivindicam parte destes patrimônios da humanidade (porque ajudaram a construí-los...).

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Dormimos na praça (mas tem camping na cidade) junto com mais um micro MH argentino: ficou bem interessante a fila decrescente... Internet wi-fi de uma sorveteria no banco da praça mas só pra e-mail, no mais caía tudo, infelizmente.

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43º dia, 3 de abril – rodamos 497 km

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Dia de estrada: de Alta Gracia à San Justo. Antes de chegar ao centro da cidade, num entroncamento, tem um YPF Full junto ao restaurante La Parrilla que, talvez por ser hora do almoço num domingo, estava simplesmente lotado. Finalmente internet boa de dentro do MH = atualização do blog (pena que nenhum dos filhos estava on line).


Alta Gracia ao Paraguai

44º dia, 4 de abril – rodamos 449 km

Mais um dia só de estrada: de San Justo/Santa Fe à Resistencia/Chaco

Nestes últimos dias vários postos YPF estão sem combustível e, quando tem é do tipo aditivado (Euro), um peso a mais por litro. Por que os YPF? Porque os Shell, Petrobrás, Esso … são mais caros. Da Patagonia pra cá dá pra sentir a diferença no preço do combustível pois lá tem incentivo fiscal. Hoje entramos em vários e o único que tinha era este: Estación E. Sandrigo, Ruta 11 km 814, Guadalupe Norte/SF (com wi-fi).

Em Resistência nossa informação era de que tinha um camping num parque municipal. O único arrolado no GPS como área de descanso (mas com o símbolo de camping) fica num parque próximo à Ruta 11 mas não é camping. Ali nos informaram que o camping que procurávamos fica no Parque 2 de Febrero.

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Junto ao Parque, tem o Camping com o mesmo nome, que não consta no GPS. É municipal com uma diária de 24 hs (assim não importa a hora na qual se entra) ao custo de $ 10.- por MH, incluindo as pessoas.

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O camping tem um lago, é arborizado mas está bastante descuidado, o que é lastimável, pois é bem situado, próximo ao Carrefur e a um posto YPF. Também muito sujo o passeio da avenida onde se instalam o carros (velhíssimos) vendendo os tijolos que vimos fazer à beira da Ruta 11.

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45º dia, 5 de abril – rodamos 284 km

De manhã os homens ficaram em função dos MH  lubrificando a rebimboca da parafuseta, retirando as tiras de borrachas que impediram estragos do vento patagônico, trocando fusível do resfriar (coisinhas básicas) e as gurias disfarçaram o pó e a sujeira que só sairão depois de uma faxinada geral que se espera fazer em Santa Helena (Paraná).

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Almoço, siesta e depois um pulo no Carrefur pra buscar mais cerveja Patagônia (amber larger, hum...) e estrada novamente.

Passamos na entrada de Formosa (capital da província do mesmo nome) e a loucura das motonetas de 50 cc se repete: uma enormidade de gente, a maioria sem capacetes, às vezes com até duas crianças entre os adultos e transitando ora no acostamento gramado, ora na rodovia. Todo cuidado é pouco!

E a falta do diesel continua....

Também impressiona, desde o Chaco, a quantidade de barreiras policiais (todas amistosas conosco, mandando adelante sempre).

Pernoitamos no YPF/ACA de Clorinda num gramado bem bonito.

Amanhã, Paraguai.

roteiro realizado na volta chile argentina

Endereços e Coordenadas

Casa del Che: Avellanda 501 – Alta Gracia – Cordoba/AR. Tel. (03547) 42-8579;

Camping em Resistencia: Parque 2 de Frebero, Av. Avalos y Lavalle (S27º26.253’ / W058º59.095)

City Tour/Cordoba: www.cordobacitytour.com.ar

Estacionamento YPF em Clorinda /AR: S25º19.345’ / W057º43.952’