03 de agosto (Domingo) – andamos 418 km
Saímos do Camping Mundaí/Porto Seguro de manhã e paramos para almoçar no Posto ao lado do Flecha Itagimirim (BR 101).
Neca com dores e desconfortos no ‘estômago’ como Renato esteve no sábado à noite…
No caminho compramos Chocolate Caseiro da Bezinha que não foi lá muito simpática como da vez anterior…
Em não encontrando um bom posto adentramos a noite até o Auto Posto Restaurante Flecha em Gandu (BR101, km 371) onde fomos muito bem acolhidos, nos cedendo gentilmente luz e água.
04 de agosto (Segunda-feira) – andamos 370 km
Neca ainda debilitado mas assim mesmo insistiu em sairmos no horário combinado (7h) ainda com um pouco de neblina.
Paramos para o almoço no Auto Posto Hotel Elite 2 Rede R.S. Silva (antigo Flecha) Apoio – BR 101, no km 171 em Feira de Santana.
Na BR 324, em Itatiaia do Alto Bonito, tem um Posto BR que nos cedia luz mas achamos melhor seguirmos até Capim Grosso.
Paramos às 17 h e ali pernoitamos no amplo e limpíssimo pátio do Posto (Shell) Elite 3 Rede Silva no Km 271 da BR 324. Abastecemos de combustível e água e também nos cederam a luz. S1123073 W03959725
05 de agosto (terça-feira) – andamos 231 km
Chegamos antes do meio dia em Juazeiro. Paramos no Posto de Serviço ao lado do Atacadão mas não gostamos (aparência de sujo). Pensamos em voltar um km até o posto BR (lado direito sentido norte/sul) mas antes fomos checar uma indicação de AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) fornecida por Vera/Deco. Vale lembrar que esta AABB não consta da lista de AABB’s que temos e tampouco aparecia no GPS. Apenas no Google encontramos a mesma informação que os amigos nos deram mas o telefone não atendia.
Por tudo isso fomos e viemos em círculo umas três vezes quando finalmente a encontramos. Fica na frente de um Colégio Militar e de uma Maternidade: ali estacionamos e fizemos o almoço. Quando já íamos desistir e voltar até o Posto de Serviço chegou o presidente e uma funcionária. Eles nos informaram que há dois anos esta sede social, que ocupa um quarteirão na avenida paralela à BR 407, não funciona mas que agora retomaram as reformas.
Foram muito amáveis e atenciosos e nos permitiram pernoitar ali com luz mas sem água (porque a água do poço é salgada) e nos cederam uma chave do portão pequeno para que pudéssemos passear à noite na cidade.
Endereço: AABB de Juazeiro/BA – Av. Raul Alves, s/n esquina com a rua Mucambé. S 0925073 W 04030487
Aproveitamos a tranquilidade do lugar e comparamos a localização nos dois GPS e no smarthfone, mira: S0925092 W040305517 (Nosso Garmin viva voz) S0925094 W04030518 (Garmin do Neca) S9º25’05.5’’ W40º30’31.0 (Google Navegação do smarthfone). Daí que usaremos, sempre, a localização do GPS.
Como estava muito quente, apesar do vento, deixamos para sair ao entardecer. Já na primeira esquina Re não resistiu a um vatapá (diz que foi o melhor que já comeu).
Fomos no bar/mirante à beira do rio São Francisco (dá um arrepio ver este patrimônio natural nacional…) cujas águas verdes e a linda paisagem proporcionaram um por do sol maravilhoso.
De taxi (custando em torno de R$25,00) fomos para Petrolina/PE (basta atravessar a ponte e já estamos no outro Estado) até o Bodódromo.
Neca ainda ‘prejudicado’ também resolveu experimentar o bode assado. Na verdade o bode servido não é bode mas carneiro porque, (segundo os locais) a carne do primeiro é mais fedida embora mais magra e saborosa.
Pode-se escolher uma variedade no preparo mas optamos por ‘um bode completo assado’ equivalendo a um espeto, com uns sete pedaços com cortes magros e gordos, acompanhado de feijão tropeiro, macaxeira frita, arroz, vinagrete, pirão e purê. Neca que já estava numa situação periclitante ’bodeou de vez’. Acho que o causador deste ‘bode todo’ foi a Fanta laranja que ele tomou porque nós que ‘cervejamos’ ficamos bem… Resumindo: o bode Fanta bodeou o Neca!
A diferença entre Juazeiro e Petrolina nos impressionou. Duas cidades à margem do ‘Velho Chico’, uma ao lado da outra e tão diferentes: Petrolina é moderna, bem sinalizada e se expande a olhos vistos e Juazeiro é uma típica cidade do agreste nordestino/baiano, como pode?!
Dia 6 de agosto (quarta-feira) – andamos 476 km
Tentamos fazer o passeio no Vapor do Vinho, onde “o visitante navega em uma embarcação típica da região, em direção ao Lago de Sobradinho, conhecendo a barragem e realizando a eclusa (espécie de elevador de águas) podendo, em seguida, apreciar as águas calmas do lago, aproveitando a bela vista ao som de boa música regional e ouvindo belas poesias recitadas pelos tripulantes da embarcação. Ao chegar à Vinícola Ouro Verde (Miolo/Lovara), no município de Casa Nova, o turista vai visitar os vinhedos, conhecer mais sobre viticultura, saber como são elaborados os vinhos tinto, branco e espumante, bem como ir à destilaria para conhecer a produção de brandy”. Não foi possível pois isso só acontece nos sábados…
Nos Guias e Mapas o trecho seguinte até Picos é apontado como perigoso por conta dos assaltos noturnos na BR. Por isso pernoitamos em Juazeiro e, também por isso, saímos cedo para vencer o percurso em pleno dia.
Um vento forte e frio nos impressionou após o calor do dia anterior (parecia o nosso vento que ‘anuncia’ chuva lá no sul mas nos disseram que ali praticamente não chove).
Estradas boas como as demais que temos encontrado mas com muito vento: chato pra dirigir mas ajuda a refrescar.
Almoçamos em Jacobina do Piauí no ‘acostamento estendido da BR’ no centro da cidade, em frente ao Posto de Serviço Nova Esperança.
Pernoitamos em Elesbão Veloso no Posto Santa Lucia (S 0611276 W 04207213), BR 316, km 159, Bairro Varzea. Posto novo (inaugurado a menos de dois meses) com todas as modernidades (wi-fi, acesso para cadeirantes, espaço especial/completo para os caminhoneiros),limpíssimo, bom gosto e personalidade. Excluindo o padrão Rede Graal, foi o melhor Posto que conhecemos no BR.
Dia 7 de agosto (quinta-feira)- andamos 239 km
Depois de uma boa noite de sono seguimos viagem até Teresina/Piauí. Novamente a qualidade das estradas nos impressiona.
‘Calor da porra’ como diria o saudoso Lauro Thomé e lá fomos nós até o encontro das águas do rio Parnaíba com o rio Poti. Lugar bonito mas com pouco estacionamento e tivemos que estacionar no acostamento; por isso só tomamos uma ‘cajuína’ - a bebida típica da região - e olhamos rapidamente a feirinha de artesanato (lindos os trabalhos com a fibra do buriti).
Em pleno horário de almoço, numa capital de Estado, saímos em busca da Ponte Estaiada que não consta em nenhum GPS e pouco conhecida pelos locais aos quais pedíamos informações. Talvez eu tenha feito uma leitura equivocada do Guia 2012, sei lá… Isso serviu pra reafirmar o quanto Renato é bom de braço porque passar nas ruas estreitas entre carros pequenos estacionados nos dois lados com um MH grande, realmente, não é pra qualquer um!
Depois de muito rodar chegamos na ponte, uma construção lindíssima, com um elevador/mirante a 95 metros de altura.
Ficamos no amplo estacionamento (S 0504149 W 04248122) e ali almoçamos. Quando fomos para o Mirante a decepção: uma obra inaugurada em março de 2010 está há 7 meses sem funcionar e ‘dizem’ que o problema é simples! O que adianta ter ‘tapete vermelho’ (acreditas?) e não funcionar!!!
Antes das cinco horas paramos para o pernoite no Hotel Posto Ipiranga em Caxias (S 0450295 W 04328663) pois o próximo, só a mais de 100 km. Relutaram em nos ceder a luz pois companheiros que por aqui passaram abusaram deixando ligado o ar condicionado durante toda a noite o que quase ‘queimou nosso filme’… À noite o calor diminui sensivelmente e um ’Resfriar’ dá conta do recado.
Boa opção pois em não ‘tendo celular funcionando’ o wi-fi (aberto) do posto foi uma mão na roda…
Enquanto Gracita cervejava com uns petiscos e rascunhava o blog os gaúchos (se é que vocês me entendem) não resistiram a saudade de uma ‘galinhada’ (a cargo da família Bonato/Wenzel). Com a cozinha externa Neca se achou o verdadeiro caminhoneiro (ah se o Eduardo visse!).
Renato se espantou com o tamanho dos pneus transportados em duas carretas e foi buscar ‘dados’ para o relato.
Embora tenha um hotel convencional existe uma área dedicada às pessoas que trazem e dormem em suas redes.
Dia 8 de agosto (sexta-feira) – andamos 361 km
A expectativa pra encontrar Fernando e Andrea só aumenta com a proximidade e pelos contatos no WhatsApp (gloriosa tecnologia). Levantamos cedo e vamuquivamu.
Finalmente chegamos e pudemos abraçar nossos queridos amigos. Gracias a la vida!
Nesta segunda etapa da viagem rodamos, tranquilamente, 2.095 Km (Porto Seguro/Bahia a São Luís/Maranhão em 5 dias). Claro que é possível fazer em menos tempo mas tempo é o que mais temos então, pra quê apressar se o prazer da viagem também está em simplesmente rodar nas estradas? Como diz o poeta: ‘ando devagar porque já tive pressa’.