domingo, 10 de agosto de 2014

2014 Brasil lá vamos: a Caminho de São Luis/Maranhão

            Gandu a Capim Grosso BA

03 de agosto (Domingo) – andamos 418 km

Saímos do Camping Mundaí/Porto Seguro de manhã e paramos para almoçar no Posto ao lado do Flecha Itagimirim (BR 101).

Neca com dores e desconfortos no ‘estômago’ como Renato esteve no sábado à noite…

No caminho compramos Chocolate Caseiro da Bezinha que não foi lá muito simpática como da vez anterior…

Em não encontrando um bom posto adentramos a noite até o Auto Posto Restaurante Flecha em Gandu (BR101, km 371) onde fomos muito bem acolhidos, nos cedendo gentilmente luz e água.


          Gandu Capim Grosso  

04 de agosto (Segunda-feira) – andamos 370 km

Neca ainda debilitado mas assim mesmo insistiu em sairmos no horário combinado (7h) ainda com um pouco de neblina.

Paramos para o almoço no Auto Posto Hotel Elite 2 Rede R.S. Silva (antigo Flecha) Apoio – BR 101, no km 171 em Feira de Santana.

Na BR 324, em Itatiaia do Alto Bonito, tem um Posto BR que nos cedia luz mas achamos melhor seguirmos até Capim Grosso.

        Posto Elite 3 Capim Grosso BA

Paramos às 17 h e ali pernoitamos no amplo e limpíssimo pátio do Posto (Shell) Elite 3 Rede Silva no Km 271 da BR 324. Abastecemos de combustível e água e também nos cederam a luz. S1123073 W03959725


05 de agosto (terça-feira) – andamos 231 km

                 Capim gosso a Juazeiro

Chegamos antes do meio dia em Juazeiro. Paramos no Posto de Serviço ao lado do Atacadão mas não gostamos (aparência de sujo). Pensamos em voltar um km até o posto BR (lado direito sentido norte/sul) mas antes fomos checar uma indicação de AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) fornecida por Vera/Deco. Vale lembrar que esta AABB não consta da lista de AABB’s que temos e tampouco aparecia no GPS. Apenas no Google encontramos a mesma informação que os amigos nos deram mas o telefone não atendia.

Por tudo isso fomos e viemos em círculo umas três vezes quando finalmente a encontramos. Fica na frente de um Colégio Militar e de uma Maternidade: ali estacionamos e fizemos o almoço. Quando já íamos desistir e voltar até o Posto de Serviço chegou o presidente e uma funcionária. Eles nos informaram que há dois anos esta sede social, que ocupa um quarteirão na avenida paralela à BR 407, não funciona mas que agora retomaram as reformas.

Foram muito amáveis e atenciosos e nos permitiram pernoitar ali com luz mas sem água (porque a água do poço é salgada) e nos cederam uma chave do portão pequeno para que pudéssemos passear à noite na cidade.

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Endereço: AABB de Juazeiro/BA – Av. Raul Alves, s/n esquina com a rua Mucambé.      S 0925073  W 04030487

Aproveitamos a tranquilidade do lugar e comparamos a localização nos dois GPS e no smarthfone, mira: S0925092  W040305517 (Nosso Garmin viva voz) S0925094   W04030518   (Garmin do Neca)      S9º25’05.5’’ W40º30’31.0 (Google Navegação do smarthfone). Daí que usaremos, sempre, a localização do GPS.

Como estava muito quente, apesar do vento, deixamos para sair ao entardecer. Já na primeira esquina Re não resistiu a um vatapá (diz que foi o melhor que já comeu). 

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Fomos no bar/mirante à beira do rio São Francisco (dá um arrepio ver este patrimônio natural nacional…) cujas águas verdes e a linda paisagem proporcionaram um por do sol maravilhoso.

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De taxi (custando em torno de R$25,00) fomos para Petrolina/PE (basta atravessar a ponte e já estamos no outro Estado) até o Bodódromo.

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Neca ainda ‘prejudicado’ também resolveu experimentar o bode assado. Na verdade o bode servido não é bode mas carneiro porque, (segundo os locais) a carne do primeiro é mais fedida embora mais magra e saborosa.

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Pode-se escolher uma variedade no preparo mas optamos por ‘um bode completo assado’ equivalendo a um espeto, com uns sete pedaços com cortes magros e gordos, acompanhado de feijão tropeiro, macaxeira frita, arroz, vinagrete, pirão e purê. Neca que já estava numa situação periclitante ’bodeou de vez’. Acho que o causador deste ‘bode todo’ foi a Fanta laranja que ele tomou porque nós que ‘cervejamos’ ficamos bem… Resumindo: o bode Fanta bodeou o Neca!

A diferença entre Juazeiro e Petrolina nos impressionou. Duas cidades à margem do ‘Velho Chico’, uma ao lado da outra e tão diferentes: Petrolina é moderna, bem sinalizada e se expande a olhos vistos e Juazeiro é uma típica cidade do agreste nordestino/baiano, como pode?!


Dia 6 de agosto (quarta-feira) – andamos 476 km

Juazeiro a Elesbão

Tentamos fazer o passeio no Vapor do Vinho, onde “o visitante navega em uma embarcação típica da região, em direção ao Lago de Sobradinho, conhecendo a barragem e realizando a eclusa (espécie de elevador de águas) podendo, em seguida, apreciar as águas calmas do lago, aproveitando a bela vista ao som de boa música regional e ouvindo belas poesias recitadas pelos tripulantes da embarcação. Ao chegar à Vinícola Ouro Verde (Miolo/Lovara), no município de Casa Nova, o turista vai visitar os vinhedos, conhecer mais sobre viticultura, saber como são elaborados os vinhos tinto, branco e espumante, bem como ir à destilaria para conhecer a produção de brandy”. Não foi possível pois isso só acontece nos sábados…

Nos Guias e Mapas o trecho seguinte até Picos é apontado como perigoso por conta dos assaltos noturnos na BR. Por isso pernoitamos em Juazeiro e, também por isso, saímos cedo para vencer o percurso em pleno dia.

Um vento forte e frio nos impressionou após o calor do dia anterior (parecia o nosso vento que ‘anuncia’ chuva lá no sul mas nos disseram que ali praticamente não chove).

Estradas boas como as demais que temos encontrado mas com muito vento: chato pra dirigir mas ajuda a refrescar.

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Almoçamos em Jacobina do Piauí  no ‘acostamento estendido da BR’ no centro da cidade, em frente ao Posto de Serviço Nova Esperança.

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Pernoitamos em Elesbão Veloso no Posto Santa Lucia (S 0611276  W 04207213), BR 316, km 159, Bairro Varzea. Posto novo (inaugurado a menos de dois meses) com todas as modernidades (wi-fi, acesso para cadeirantes, espaço especial/completo para os caminhoneiros),limpíssimo, bom gosto e personalidade. Excluindo o padrão Rede Graal, foi o melhor Posto que conhecemos no BR.


      Elesbão a Caxias

Dia 7 de agosto (quinta-feira)- andamos 239 km

Depois de uma boa noite de sono seguimos viagem até Teresina/Piauí. Novamente a qualidade das estradas nos impressiona.

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‘Calor da porra’ como diria o saudoso Lauro Thomé e lá fomos nós até o encontro das águas do rio Parnaíba com o rio Poti. Lugar bonito mas com pouco estacionamento e tivemos que estacionar no acostamento; por isso só tomamos uma ‘cajuína’ - a bebida típica da região - e olhamos rapidamente a feirinha de artesanato (lindos os trabalhos com a fibra do buriti).

Em pleno horário de almoço, numa capital de Estado, saímos em busca da Ponte Estaiada que não consta em nenhum GPS e pouco conhecida pelos locais aos quais pedíamos informações. Talvez eu tenha feito uma leitura equivocada do Guia 2012, sei lá… Isso serviu pra reafirmar o quanto Renato é bom de braço porque passar nas ruas estreitas entre carros pequenos estacionados nos dois lados com um MH grande, realmente, não é pra qualquer um!

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Depois de muito rodar chegamos na ponte, uma construção lindíssima, com um elevador/mirante a 95 metros de altura.

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Ficamos no amplo estacionamento (S 0504149  W 04248122) e ali almoçamos. Quando fomos para o Mirante a decepção: uma obra inaugurada em março de 2010 está há 7 meses sem funcionar e ‘dizem’ que o problema é simples! O que adianta ter ‘tapete vermelho’ (acreditas?) e não funcionar!!!

Antes das cinco horas paramos para o pernoite no Hotel Posto Ipiranga em Caxias (S 0450295  W 04328663) pois o próximo, só a mais de 100 km. Relutaram em nos ceder a luz pois companheiros que por aqui passaram abusaram deixando ligado o ar condicionado durante toda a noite o que quase ‘queimou nosso filme’… À noite o calor diminui sensivelmente e um ’Resfriar’ dá conta do recado.

Boa opção pois em não ‘tendo celular funcionando’ o wi-fi (aberto) do posto foi uma mão na roda…

Enquanto Gracita cervejava com uns petiscos e rascunhava o blog os gaúchos (se é que vocês me entendem) não resistiram a saudade de uma ‘galinhada’ (a cargo da família Bonato/Wenzel). Com a cozinha externa Neca se achou o verdadeiro caminhoneiro (ah se o Eduardo visse!).

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Renato se espantou com o tamanho dos pneus transportados em duas carretas e foi buscar  ‘dados’ para o relato.

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Embora tenha um hotel convencional existe uma área dedicada às pessoas que trazem e dormem em suas redes.


        Caxias a São Luis

Dia 8 de agosto (sexta-feira) – andamos 361 km

A expectativa pra encontrar Fernando e Andrea só aumenta com a proximidade e pelos contatos no WhatsApp (gloriosa tecnologia). Levantamos cedo e vamuquivamu.

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Finalmente chegamos e pudemos abraçar nossos queridos amigos. Gracias a la vida!

Nesta segunda etapa da viagem rodamos, tranquilamente, 2.095 Km (Porto Seguro/Bahia a São Luís/Maranhão em 5 dias). Claro que é possível fazer em menos tempo mas tempo é o que mais temos então, pra quê apressar se o prazer da viagem também está em simplesmente rodar nas estradas? Como diz o poeta: ‘ando devagar porque já tive pressa’.

PS São Luis