quarta-feira, 2 de março de 2011

Ushuaia, lá vamos nós! Argentina 1

DE GUALEGUAYCHÚ A EL BOLSÓN


O que significa Argentina? Vem do Latim argentum = prata.


La palabra Argentina proviene del latín argentum, que significa "plata"


Observação Em Victoria/AR programamos de forma automática o GPS até a Ruta 40 após Bariloche. Assim estamos seguindo o roteiro que ele nos programou o que se mostrou excelente. Boas estradas, pouco tráfego e roteiro mais curto. A exceção foi na saída de Rosário que achamos ser melhor ficar sempre na Ruta 33.


5º dia (25 de fevereiro) – de Carmelo/UY a Victoria/AR Rodamos 375 km

Gualeguaychu a Rosário

Sabe aquele dia em que a gente se pergunta por que foi sair do conforto de casa ou de sua cidade? Assim foi nossa sexta-feira. Num dia assim até as picuinhas têm uma proporção irreal!

Em Gualeguay nos abastecemos no Carrefour: finalmente carne, frutas e... vino!

O YPF onde abastecemos era um caos de tão desorganizado e, pra completar, não passou o cartão de débito. Tivemos que pagar em efectivo.

Programamos os GPS (Garmin) pra irmos até Victoria-ER. Em torno de uma hora paramos junto a uma “estación de servicio” pra almoçar, quando Graça relatou que havia água na parte inferior da geladeira. Ao verificar, Renato observou que a mesma não estava funcionando, pois a luz vermelha acesa acusava falta de corrente (bateria). Ainda tinha arranque pra ligar o motor, quando a luz apagava e a geladeira funcionava novamente. Daí para frente foi uma novela em busca de ajuda, junto a vendedores de bateria e eletricistas. Os três procurados foram unânimes em seus diagnósticos: não era problema de bateria e sim de carga delas. Ao mesmo tempo, indicavam que tanto o alternador quanto o conversor enviavam carga. Aqui cabe um registro da atenção dada pelo Sr. Luis Alberto Pralong, em Gualeguaychú: embora sendo final de tarde de sexta-feira, foi prestativo e nos tranquilizou de que não se tratava de problema de geração de carga. Por que, então, as baterias não carregavam?

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Este mistério ficou pra ser resolvido no sábado, já instalados no camping em Victoria, uma vez que até arranque não tinha mais. Aí entrou a experiência do Neca. Apontou como possível causa a falta ou pouco terra. Assim, limpeza em ação de todos os terminais de terra e os outros também. Fizemos um rodizio das baterias e parece que deu resultado. Elas estão carregando novamente. Como todas as quatro baterias acusaram voltagem superior a 12 volts (antes, duas estavam abaixo de 10), o feito teve que ser comemorado com whisky superior a 12 – ou seja 15 anos. Nada mau!!!!!!

Victoria é uma cidade turística situada no início do delta do rio Paraná e desde 2003 conta com o Viaducto Rosário – Victoria (um trecho de 60 km alternado entre pontes e aterros) unindo as províncias de Entre Rios e Santafé.

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Já era escuro quando chegamos ao Complexo Turistico Ceibo (Villa El Ceibo) há 4 km do centro da cidade. O lugar é lindo, possui farta vegetação, animais silvestres, piscina, etc., mas infelizmente os mosquitos (diurnos e noturnos) impedem qualquer tentativa de permanência.


6º dia (26 de fevereiro) - Rodamos 357 km

Rosario a rufino

Enquanto os guris resolviam o problema com as baterias e com a fechadura (MH Neca/Tere) as gurias aproveitaram para lavar roupas e faxinar as ‘casas rodantes’ (nada como uma boa e tradicional divisão de tarefas!).

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Com tudo resolvido seguimos para Rosário desfrutando da bela paisagem da travessia pelo Viaducto onde “el tramo de puente colgante mide 608 m de largo y está compuesto por dos torres principales de 126 metros de alto”.

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Rosário é um importante polo de desenvolvimento regional e uma das cidades mais importantes da Argentina.

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À beira do rio Paraná escolhemos uma sombra na costanera de 5 km para saborear nossa feijoada congelada: perfeito!

Em Rufino a frentista do YPF que atendeu ao Neca nos indicou o Parque Balneário Municipal para pernoitarmos. Melhor estraga, diria o vivente: uma imensa área verde com churrasqueiras, piscina e diversas opções esportivas onde fomos bem acolhidos. Instalados com água e luz saboreamos o galeto assado pelo Anacleto acompanhado de um vinho nacional (argentino, por supuesto).

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A recepção calorosa das pessoas impressiona. E claro que os MHs viraram atração...


7º dia (27 de fevereiro)Rodamos zero km 

Dormimos sem hora para acordar e decididos a curtir o domingo neste parque. Depois do chimarrão Neca e Renato se enfrentaram numa disputadíssima partida de tênis (quadra de saibro), Tere se dedicou à maionese e Graça ao blog. Mais tarde um assado, caipirinha, cerveja e bom papo: vida difícil!

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Novamente aproveitamos a água farta para faxinas: nos carros e em nós.


8º dia (28 de fevereiro)Rodamos 750 km 

Saímos descansados de Rufino mas em Santa Rosa, novamente, um YPF (posto de combustível) nos tirou do sério: primeiro dizem que aceitam cartão de débito, depois do tanque cheio, dizem que só aceitam crédito mas quando topamos, só aceitam em ‘efectivo’ (dinheiro vivo, pesos argentinos). A gente percebe que é pura ‘sacanagem’... Dá próxima vez mandaremos retirar o combustível que colocaram! (Ah! e do Neca, minutos antes, aceitaram cartão de crédito).

Só não foi pior porque usamos a internet (wi-fi) na lanchonete (que também só aceita ‘efectivo’). Este posto fica  uma quadra antes do YPF/ACA (S36º37.161 / W064º16.058) com hotel e caixa automático, em frente a um Cassino. Neste não tem internet.

Depois pegamos uma estrada cortando o deserto e muito calor. O Parque Nacional Lihué Calel (Ruta 152), indicado com 3 estrelas no Guia YPF/Aca, não correspondeu e seguimos adiante.

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Cada dia anoitece mais tarde (hoje foi às 20:30 h) e é  um    por do sol mais bonito do que o outro.

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Dormimos no Camping Municipal de Villa de Piedra: arborizado, ao lado de uma represa/lago com luz e água.

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9º dia (1º de março)Rodamos 630 km

A rodovia toda exala um forte cheiro de begônia mas o que se apresenta é uma vegetação rasteira e verde.

Ao ingressarmos na Patagônia logo após sair de Villa de Piedra (na divisa das províncias de La Pampa e Rio Negro), tem uma barreira sanitária. Olharam só a geladeira em busca de produtos animais e vegetais in natura. De repente um lindo oásis: a cidade de General Roca lugar de frutas e de vinho patagônico. Um lugar para incluir no próximo roteiro argentino. Allen também merece mais atenção...

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Almoçamos no Dique El Chocón:  como da vez passada, fomos até o mirante do lago/represa. Almoçamos com uma vista lindíssima e com uma brisa fresca pra ninguém botar defeito.

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Já na RN40 passamos em Piedra del Aquila (onde, em 2008 dormimos no camping municipal). Hoje, além dele, há a opção da praça central (tudo asfaltado ao redor) além do posto. Na loja de conveniências nosso cartão passou tranquilamente o que reforça a idea  de  sacanagem nos YPF… Abastecemos no posto BR em anexo e Renato acha que o carro, a partir daí, ‘amarrou’ um pouco.

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Com o sol ‘maltratando’ a caroneira (de lado), muito vento e calor seguimos até Confluencia Traful: na ruta mesmo. À  direita um YPF/ACA e à esquerda um rio com praia onde já tinha outros ‘acampando’ e/ou pescando: não deu outra!

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10º dia (2 de março) – Rodamos 187 km

Acordamos cedo sem bateria nem pra usar as bombas d’água!

Na divisa das províncias de Neuquén e Rio Negro tem mais uma barreira sanitária: ali perdemos uns tomates, limões (ai, lá se foi a caipirinha…) e umas frutas.

Nossa expectativa com o trecho de estrada que nos aguardava (em quase todos os relatos aparecendo como a mais bonita já cruzada) foi frustrada por conta de uma chuva ininterrupta. Desde ontem à noite o frio abunda e dá-lhe buscar os casacos.

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A beleza deste trajeto merece que voltemos outra vez e com tempo bom. Com chuva, ainda, chegamos a El Bosón ainda no período matutino.

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Endereços e Coordenadas

Confluencia Traful (Beira do lago na Ruta 40, antes de Bariloche): S40º43.537 / W071º05.578

Camping no Complexo Turistico Ceibo ou Villa El Ceibo em Victoria/ER (pra quem não se importa com mosquitos): S32º36.995 / W060º06.711’

Camping no Parque Municipal de Rufino/SF: S34º16.348 / W062º42.100’

Camping Municipal Villa de Piedra: S38º09.427/ W067º08.805

Camping El Bolsón: S41º56.578 / W071º32.154 (e Cervejaria) – Ruta 40 (ex 258) km 258 a um quilômetro ‘del pueblo’ e a 200m del la YPF.

Electromecánica AVENIDA de Luis Alberto Pralong, em Gualeguaychú(2820)ER: Acesso Gral. Artigas 1890 – tel. 03446-4402490).

USHUAIA, LÁ VAMOS NÓS!

Como sempre, dentro do possível, tentaremos não repetir estradas…

DE CASA ATÉ O URUGUAI

1º dia (21 de fevereiro) - Saímos de Itapema na segunda-feira,  enquanto Neca e Tere de Itajaí, e nos encontramos no trevo de Imbituba onde fizemos o almoço, sonecamos e fotografamos o início desta aventura.

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Perto de Criciúma a sirene da antena da sky apitou e enquanto Renato a ajeitava Getúlio e Albertina passavam por nós...

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Paramos às 18 h e pernoitamos no Posto Buffon (novo e amplo) na BR 101, no Km 93, em Osório (cederam uma tomada porque nos comprometemos a não usar o ar condicionado e, por isso, abastecemos lá). Um caminhoneiro de Frederico Westiphalen (placa do caminhão: IGT 0148) trocou de lugar só para que pudéssemos estacionar juntos (lamentamos que quando fomos agradecer levando–lhe um aperitivo ele já estava dormindo e assim nem seu nome sabemos...). Esta gentileza é bom prenúncio!

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Vamos entrar no Uruguai através do Chuí/Chuy por duas razões: diversificar um pouco (porque faz tempo que não passamos por ali) e para dar um abraço num casal que nos deu muita força nos ‘perrengues’ do ano passado: Washington (Petiço) e Sonia.

2º dia (22 de fevereiro) - O único trecho ruim (em duplicação), até agora, fica na BR 116 entre Pelotas e Rio Grande com excesso de caminhões e muito vento. Neca não resistiu e ‘colheu’ butiás enormes que abundam na beira da estrada!

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No Chuí dormimos ao lado do posto Esso logo depois da aduana brasileira.

3º (23 de fevereiro) – Após ‘engraxar as cruzetas’ (do MH, é claro!) fomos fazer a CARTA VERDE - o seguro obrigatório para o MERCOSUL. Por orientação do Bazacas, conhecido e apreciado por todos os que têm seguro do MH (a quem avisamos, para as providências cabíveis sobre a duração e roteiro desta viagem), fizemos na MAGNA. Embora seja um seguro para o MERCOSUL ele apenas atinge quatro países: Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. O pagamento só pode ser feito em reais e considera apenas o tempo de estadia nesta região (independe do tipo, ano e tamanho do MH). Em dólar comercial, por exemplo, para 7 dias, paga-se US$31,06 e para 15, US$54,66.

Sempre fizemos a Carta Verde no primeiro país no qual adentramos em cada viagem o que nos parece sair mais em conta do que fazê-lo no Brasil através da rede bancária: uma boa pesquisa para o futuro...

Neca fez um ótimo negócio: No posto onde paramos para lanchar queriam lhe vender uma palheta do limpador do para-brisa por R$40,00 (roubo!) e ele conseguiu no Chuy por R$6,00!

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República Oriental del Uruguay: (www.uruguaynatural.com)

Superfície: 176.215 KM2                                                 População:  3.360.000 habitantes                                             Capital: Montevideo   Idioma: Español                              Moneda: Peso urugayo                                              Temperatura: Inverno 6º/17º – Verão: 21º/28ºC

No Uruguai, gasolina é NAFTA e óleo diesel é GASOIL e não vendem álcool combustível.

Em ‘puente angosta’ (ainda tem algumas) a preferência é de quem segue em direção à Montevideo.

“Caso não haja placas em contrário, a preferência em cruzamentos é sempre de quem vem da sua direita.

PEQUENO GLOSSÁRIO DE TERMOS RODOVIÁRIOS E MECÂNICOS:

- acostamento = banquinha

- alavanca de marcha = palanca de câmbios

- automóvel/carro = auto

- borracharia = gomeria

- caixa de primeiros socorros = caja de primeiros auxílios

- chave de fenda = destornillador

- cinto de segurança = cinturón de seguridad

- contramão = contramano

- dê a preferência = ceda el passo

- embreagem = embrague

- freio = freno

- freio de mão = freno de mano

- limpador de para-brisa = escobilla

- macaco hidráulico = gato hidráulico

- mão dupla = doble vía

- mão única = única mano

- oficina mecânica = taller de mecánica

- óleo de motor = aceite de motor

- para-choque = paragolpe

- passagem de nível – paso a nivel (ferrovias)

- pedágio = peaje

- pisca-pisca = señalero

- pneu estepe = neumático auxiliar

- pneu furado = neumático pinchado

- posto de gasolina = estación de servicio

- quebra-mola = lomo de burro

- rotatória/trevo/balão = rotonda

- triângulo = baliza”

(Folder da PETROBRAS).


Na aduana uruguaia, Neca e Tere tiveram um probleminha a resolver. Quando estiveram no Uruguai em 2008 não ‘deram a saída’ em Rivera (por não saberem de tal procedimento). Resultado: constava no sistema que ainda estavam no Uruguai. O Chefe de plantão inicialmente foi irredutível: não teria como permitir a entrada no Uruguai uma vez que de lá não tinham saído desde 2008 e a multa era impagável! Renato ligou para o Wilson (da carta verde) pra tentar alguma solução que evitasse a alternativa que, até então, se apresentava que era retornar e entrar pela Argentina através de Uruguaiana!

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Depois de algum tempo, conversa daqui, conversa dali tudo se resolveu com uma ‘ajuda pra um churrasquinho’ que lhe custou US$50. Antes, pra nós, a vistoria no MH se resumiu numa ajuda deste tipo (R$10,00). Nestes mais de 25 anos de caravanismo é a primeira vez que nos pediram ‘propina’ no Uruguai!

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Viajamos com chuva refrescante até Salinas aonde chegamos de surpresa na casa do Petiço. O que nosso coração antecipava aconteceu: sentimo-nos em casa e a empatia entre os três casais foi perfeita. Depois de muita empanada (afinal eles são os reis das imperdíveis empanadas Santa Fé), pizza, vinho, cerveja e papo bom dormimos muito bem.

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As fotos mostram o quanto Renato é bom de braço, pois estacionar assim não é pra qualquer um!

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A nossa relação com Washington e Sônia é, de fato, uma questão de química, gostamos deles demais e esperamos poder retribuir tanta atenção e gentileza em nossa casa em Floripa. Valeu demais!

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4º dia (24 de fevereiro) – ainda com chuva seguimos para Colônia del Sacramento para revê-la e apresentá-la aos companheiros de viagem e, também, para ‘levantar’ o preço da travessia no Buquebus: MH de 11 metros =R$690,00 + duas pessoas/65,00 x2= RS130,00 = R$820,00 (total); MH de 7 metros = RS 398,00 + duas pessoas = R$130,00 = R$528,00 (total). Como o MH não fez questão de atravessar de Buquebus, decidimos deixar a travessia do Rio de la Plata numa outra ocasião, deixando o MH em Colônia para ‘curtir’ BA.

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Jantamos (empanadas e pizzas que Sonia nos ‘regaló’ e dormimos em Carmelo no bem localizado camping municipal (sem luz) onde os ‘guris’ fizeram uma gambiarra e ... deu-se a luz! Carmelo é um lugar que nos deixou um gosto de ‘quero mais’.

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Desde que saímos de Itapema o cardápio tem sido: pizza, nhoque, empanada, pizza, macarronada (ai, ai que a balança não nos veja).

Nas aduanas, sem problemas, além dos já relatados. Na saída do Uruguai pra entrar na Argentina via Fray Bento/Gualeguaychu, tudo tranquilo, com exceção da demora do rapaz que nos atendeu, que se perdeu um pouco com os passaportes porque estava acostumado apenas com carteiras de identidade. Demorou pra concluir os devidos trâmites. Já no lado argentino, na aduana de fronteira, nem nos pararam. Portanto, não fizeram qualquer vistoria nos motor homes. Menos mal.

Endereços e Coordenadas

Posto BR/BUFFON 34: S 29º51.121’  W 050º14.828’

Carta Verde/Chuí: MAGNA – Corretora de Seguros Ltda (rua Samuel Priliac, 620, e-mail: wilson@cesuti.com.br).

Empanadas Santafe em Salinas Interbalnearia Km. 38.700 lado sur fone 437 61506 (com entrega em domicílio), empanadassantafe@hotmail.com / Facebook: Empanadas-Santa-Fe

Camping Municipal/Carmelo:S34º00.641’ W058º17.672’

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Estas águas  sobre os carros indicam que estão à venda (Uruguai).

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Hasta luego!

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