Acordamos muy temprano com o barulho de garis que pegavam seus materiais de trabalho ao lado de onde estávamos. Depois de um bom café, agradecemos a hospitalidade e, tomando um mate, seguimos viagem. Na Villa Olivari, uma barreira fito-sanitária (o certificado custou $4,50, com validade de 24 h), desinfetou o MH com Cipermetrina 20%.
Numa boa estrada, com longas retas, ouvindo Vagabundear (Joan M. Serrat) com o argentino/brasileiro (que cantou nos meus 50 anos) Dante Ramon Ledesma, em nossa casa rodante cheia de amor pra dar = perfeição/plenitude!
(...) no me siento extranjero in ningún lugar, donde hay sudor y vino hago mi hogar
Y para no olvidarme de lo que fue, mi patria y mi guitarra las llevo en mí.
Chegamos à cidade de Corrientes, capital da Província de Corrientes (corresponde aos nossos Estados), que através da ponte General Manuel Belgrano se une a Resistencia, a capital do Chaco. Ambas, às margens do caudaloso rio Paraná. Nestas cidades já se percebe o uso abusivo de buzinas e a ausência de capacetes em motoqueiros/motociclistas.
Mas como quase tudo o que é bom dura pouco, levamos o 1º golpe da viagem: na saída, ainda na cidade, um guarda nos ameaçou com uma multa (de $500: dobrar à esquerda numa sinaleira de dois tempos quando só se poderia numa 3) acompanhado daquele papo que todos viajantes conhecem. Não sacava la boleta e não entregava os documentos... Re deu $50 pra não se incomodar (pela 1ª vez deu propina: sempre temos uma virgindade a perder, não tem jeito!). Este episódio embotou nossa imagem do Chaco!
Para compensar, pernoitamos num YPF em Presidencia de La Plaza. O gerente, Sr. Cardoso, nos forneceu energia elétrica e também nos regaló com um vasinho de cactos, como símbolo de uma boa viagem: agradecemos com chocolate garoto, é claro!
Desta vez a SKY não funcionou e, com, isso, assistimos a um belo musical no canal 9 (o único que pegou). O noticiário alerta para a falta d’água na região e a um problema de distribuição de combustível (como no Brasil, uma pressão para aumento de preços...). Pagamos pela gasolina pódium= R$2,03 e diesel = R$1,49. Como o Komeco não esquentou a água, tomamos um banho tcheco e depois testamos um chaco no chaco!
149.859 até agora andamos 1.541 km.
Estou em Brasília para a corrida do Milhão (Stock Car) e como falei antes ia reler o blog de vocês para entender como funciona esta tralha (Também não entendo o meu) e eis que um amigo carioca vem tranquilamente e coloca o mouse na seta que fica ao lado da data e pimba abre os títulos, aleluia! Agora a coisa ficou coerente e pude seguir a viagem de vocês com lógica.
ResponderExcluirUma mordidinha do guarda não devia abalar vocês já que no Brasil o governo rouba descaradamente no preço do combustível (Lembre-se que está embutido nele um percentual para conservação e construção de estradas e mesmo assim pagamos pedágio ou andamos por estradas ruins) e aí vocês recuperam rapidamente os cinqüenta na primeira abastecida. Que fique como uma doação para a educação dos filhos deste guarda ou então pelo menos para pagar o ônibus da mãe dele que provavelmente trabalha na zona e não consegue mais clientes.
!Suerte!