Seguimos para Colonia Del Sacramento pela R12 e pagamos um pedágio de $ 85 (pesos uruguaios = +/- R$ 8,50). No caminho, em Carmelo, ficamos retidos por um festejo popular com pessoas paradas a beira de toda a rodovia esperando a passagem de ciclistas.
Re ainda, debilitado pela gripe, seguiu firme até Colonia. Final de tarde os jovens, literalmente, tomam conta (sentados no chão) do passeio junto a costanera no lado mais novo da cidade. Estacionamos (S34º28.082’/W057º50.785’) junto à feira de artesanato, já na cidade velha, e ao lado do estádio de futebol, com luz e onde, finalmente, a Sky pegou!
De manhã fomos para o centro e estacionamos facilmente junto à oficina de turismo.
É impressionante a quantidade de motonetas e todos sem usar capacete!
Colonia é um lugar especial não só porque é dali que se atravessa (via fluvial) para Buenos Aires, mas por seu centro antigo que lembra a nossa Paraty e como tal é Patrimônio da Humanidade (UNESCO).
Como o centro histórico é pequeno, uma manhã é o suficiente pra conhecê-lo. Ali toda a fiação elétrica é subterrânea pra não poluir o visual.
Alugamos um ‘veículo’ (na Prado Rent a Car, Calle Florida, 415) e, com ele, percorremos várias vezes os dois centros (histórico e comercial).
Almoçamos um pescado de rio - Boga a la Parrilla - no El Torreón (Gral. Flores y El río/Barrio Histórico) simpaticamente servido por Martin.
Embora não tenha camping, uma das boas características da cidade é a segurança. Bom pra quem pretende ir a Buenos Aires, mas não quer o stress de procurar estacionamento pra MH grande.
Deixar o equipamento na cidade, atravessar num bom Buquebus, passar um findi na capital porteña e voltar para a segurança, calma e simpatia deste lindo reduto uruguaio parece perfeito, não?
Devolvemos o ‘carro’ com a convicção de que voltaremos mais vezes.
Depois da soneca seguimos viagem e a saída da cidade é mais uma beleza com as Palmas Yatay de moldura!
Ali, no Km 167 da Ruta 1 em direção a Montevidéu (ou 12 km antes de chegar em Colônia) fica a Granja Colonia Arenas, onde o sr. Emilio recebe a todos muito bem e se pode deixar o MH em segurança para visitar Buenos Aires. Leve lápis, chaveiros e outros itens para acrescentar às coleções da família que já detém vários recordes no Guinness. (Dica de nosso companheiro Wilson de Ceasaro)
Em Trinidad na Ruta 3 esquina com Ruta 57 (S33º31.673’/W056º54.337’) encontramos um posto ESSO novíssimo (4 meses de funcionamento), com wi-fi, luz e excelentes sandubas de pão integral. Aproveitamos para atualizar o blog e falar com Hedinha.
Em Paso del Puerto mais um pedágio de $ 85.
Seguimos para Termas de Almirón (S32º21. 628’/W057º17. 279’) que já conhecemos há uns 20 anos. Seu diferencial é a água salgada. Tem camping, Sky funcionou perfeitamente, mas não tem internet.
Possui piscinas ao ar livre e cobertas (duas pequenas), mas não tem chuveiros no prédio das cobertas (necessários para retirar o sal do corpo/cabelos), só lá fora.
O lugar é bonito e relativamente longe de tudo. Ela é a mais simples e a mais barata: $100 para o MH e $40 por pessoa (nos saiu $180 a diária = 16 reais). O complexo é público, mas tem o setor de casas privadas e bungalows públicos também.
No outro dia, depois do café, seguimos para Termas de Guaviyú (S32º50.417’/W057º53.196’) que fica às margens da Ruta 3, portanto, de fácil acesso. Novamente a recepção (Mirian) foi atenciosa e gentil e, mesmo não acampando no local, pudemos fotografar tudo.
Ali tem camping (casas rodantes = $230 até cinco pessoas) junto ao complexo que, desde 2005, conta com excelente piscina coberta e com sauna no andar superior (o que só encontramos lá). Tem bungalows de aluguel e um comércio bem sortido. Aliás, o complexo, nestes dez anos que não o visitamos, cresceu muito. Não tem internet e não tentamos a Sky. Vale destacar o carinho que recebemos de um casal (campista) uruguaio que, visitando nossa casa rodante, ficou de um encantamento que nos emocionou... Eta mundão!
De volta a R3 chegamos nas Termas del Daymán que também fica à margem da rodovia.
Elas surgiram numa tentativa de busca ao petróleo em 1957 e é ali que se encontram as águas termais mais quentes que conhecemos.
O complexo tem vida própria, com muito hotel com sua própria piscina termal e, embora com poucas alterações nestes últimos anos em termos de piscinas, continua bonito e bem cuidado.
O camping (particular) La Posta (S31º27.309’/W057º54.622) onde ficamos ($300) é bem próximo à entrada das termas (onde se paga em separado a diária pra usufruir de todo o complexo termal), ao lado do terminal rodoviário, tem duas pequenas mas super quentes piscinas onde, sob a luz da lua crescente, tomamos um gostoso banho acompanhado de um bom papo com um casal de enfermeiros de Montevidéu. Ali também tem um Hostal. Internet só na cafeteria na rua principal e a Sky não pegou.
Ali perto, teoricamente, tem mais duas Termas: San Nicanor e Los Naranjos. A primeira, que fica numa antiga estância a 20 km ao sul da cidade de Salto (estrada de rípio/chão), está fechada e a segunda pertence a um hotel. Nestas não fomos.
Próximo destino: Termas de Salto Grande a 15 km ao norte da cidade de Salto, perto da represa do mesmo nome. No hotel nem nos deixaram fotografar, pois não tem camping e é exclusivo de hóspede! Ali pertinho tem o Parque Aquático Horacio Quiroga, grandioso e totalmente com água termal. Só dá pra passar o dia, pois não tem camping (segundo informações locais). Não tentamos, mas vimos que ali perto tem vários lugares possíveis para um bom descanso e pernoite, se for o caso...
Último estágio desta Via Sacra, digamos assim, Termas Del Arapey (S30º56.805’/W057º31.651).
São as termas mais antigas do Uruguai, descobertas na década de 1940 e ficam a 80 km ao norte da cidade de Salto.
Possui camping (de $100 a $150 dependendo o tamanho e do equipamento e do setor + tarifa de $200 por pessoa), hotel municipal, hotel particular (ambos com piscinas próprias), várias piscinas (coberta e semi), bungalows, restaurante, mercado, em diversos setores de camping disponibiliza-se a tv a cabo, enfim, toda infraestrutura (importante porque fica longe da cidade).
Com certeza é a mais conhecida pelos brasileiros e conta com serviços prestados com simpatia e competência. A Sky funcionou perfeitamente e a internet (wi-fi) nós é cedida gentil e gratuitamente no hotel municipal. Em alguns horários era lindo ver o tanto de campista de lap top no saguão…
Daqui temos belas lembranças de férias com pessoas queridas principalmente de nossos filhos ainda crianças. Mas quem a frequenta há pelo menos dez anos percebe que a manutenção, e até investimentos no complexo, deixam a desejar.
A piscina coberta, essencialmente para relaxar, única cercada com vegetação, está com as pequenas piscinas (infantis) em desuso, muitos vidros quebrados decanas (?) sujeiras e teias de aranha... Uma lástima!
Nestas termas há mais de 10 anos acontece um Encontro de Campista (nossa próxima postagem).
No domingo, 2 de maio, seguimos em direção a Rivera pensando nos bons e acessíveis vinos… Como os depoimentos sobre as estradas de acesso eram super desencontrados (para a mesma estrada, uns diziam que estava muito boa, enquanto outros, péssima/horrível), resolvemos não arriscar usando aquela em que passamos há um ano e meio e que estava boa. Assim, voltamos pela R3 até a R26 (para Tacuarembó) e, depois, pegamos a R5 (até Rivera).
Não temos como comparar com as demais, mas o trecho da R26 está péssimo, inclusive com trechos sem asfalto e com os famosos pedregulhos soltos. Embora em reforma, impressiona o estrago que o trânsito pesado (caminhões com toras de árvores) fez em tão pouco tempo!
Não deu outra: quase no trevo de Tacuarembó um dos pneus recauchutados soltou o recape. Apesar do susto, ficamos bem, pois estacionamos no posto (nosso conhecido) com luz (sky funcionando e internet wi-fi dentro do MH). Tranquilidade.
No outro dia cedo fomos até a gomeria do outro lado do asfalto (S31º43.956’/W055º58.529’). O Sr. Richard foi de uma atenção especial. Arrumou outro pneu para prosseguirmos viagem, ficando assim com um “adicional”, nosso estepe, para outra necessidade.
Mas a gentileza do Richard não ficou por aí. Já havia percebido uma mudança na cor da descarga e o desempenho também baixou. Logo pensamos na turbina e não deu outra: a mangueira, logo acima da turbina, estava rachada. Fomos atrás dessa mangueira na cidade, mas nada. Paramos em frente a uma oficina (taller para os uruguaios) de carros. O proprietário, de início, não viu condições de atender, pois não lidava com carro grande. Mas, devido a nossa insistência, resolveu mandar um funcionário atrás dessa mangueira. O lado pitoresco da situação foi quando soube que éramos de Floripa. Falou que tínhamos que procurar um médico ou um hospital, e não uma oficina, pois estávamos ‘loucos em deixar aquela maravilha de cidade pra estar aí’. Super simpático e atencioso, é apaixonado por Floripa. Pensa, inclusive, em se transferir para cá. Com toda a boa vontade dele, tentamos passar uma borracha ao redor do rachado da mangueira, mas isso não suportou a pressão que faz no local. Não quis nem cobrar o serviço.
Voltamos para a gomeria, pois percebemos um vasamento no rodoar. Resolvido o problema, Richard, tentando mais uma vez resolver o vasamento na mangueira da turbina, colou várias camadas daquela manta usada para tapar furos de câmeras de ar, para podermos chegar a Rivera ou Livramento. Durou um pouco e, em seguida, começou a escapar ar novamente.
Fomos assim até Rivera, no local indicado pelo Cleto (S30º53.648’/W055º31.941’). Fica a duas quadras da praça central, que divide as duas cidades/países, em frente a um estacionamento particular, numa praça onde, por R$15,00, se tem luz vigilância (sem sky pq estávamos sob árvores mas com a TIM movel excelente).
Parecia que o encontro de campista continuava ali, tantos eram os MH na cidade…
Depois de umas ‘comprinhas’, mangueira da turbina ajeitada, seguimos para Porto Alegre para visitar Calixto e Eliane. No caminho, mais um ‘recauchutado’ foi pro pau…
Sentimo-nos recebidos num hotel 5 estrelas. Uma janta maravilhosa, com aqueles vinhos, muito papo … e, no dia seguinte, aquele café. Calixto e Lica, parabéns pela reforma da casa (show) e brigadu, por mais uma recepção tão carinhosa!
Usamos a manhã de quarta-feira na troca de dois pneus, para o que contamos com a ajuda do Calixto - que acionou nosso amigo Jorge - para informações de preço, etc. Descartamos o mais velho e colocamos dois pneus novos no lado direito do carro.
Dormimos no Posto BR em Torres (no final da Estrada do Mar), onde costumamos ficar aproveitando para engraxar as cruzetas, lavar o MH por baixo e esvaziar o tanque dos detritos. TIM movel e sky funcionando...
Na quinta-feira tocamos pra casa com o tradicional pit stop na lanchonete em Cabeçuda (ao lado do restaurante antes do trevo de Laguna).
Veja mais em Uruguay Natural, Visite Uruguai, Dirección de Turismo de Paysandú e Oficina de Turismo de Salto.
Finalizando, eis como curtir as termas saudavelmente:
VIDA Y TRATAMIENTO (Balneario de Daymán)
(Dr. Pedro Rivero Arrarte)
1) “Levantarse temprano (7 a 8 horas)
2) Hacer 10 minutos de gimnasia em base a movimientos suaves de brazos tipo golf, de piernas, de cabeza y respiraciones profundas. Evitar flexiones forzadas de rodillas y de columna.
3) Beber um vaso mediano de água termal a temperatura surgente lentamente, em pequeños sorbos y caminando media hora antes Del desayuno, outro antes Del almurzo y outro antes de La cena.
4) Tomar um baño terma (38 grados) de 15 minutos com 5 minutos de chorro subacuático em piernas, brazos y espalda em las piletas termales (chica o em La cerrada).
5) Descanso inmediato completo de media hora.
6) Caminar uma hora respirando profundamente.
7) Almuerzo atóxico a base de ensaladas crudas y cocidas, verduras y legumes, carnes y frutas.
8) Siesta de uma hora.
9) Lectura y entretenimientos de uma hora.
10) Caminar uma hora respirando profundamente.
11) Té de hierbas medicinales (marcela, pitanga, etc.)
12) Tomar um segundo baño termal de 15 minutos y descanso de
media hora.
13) Baño com natación em La pileta deportiva hasta media hora.
14) Entretenimientos: lectura, música, cartas, juegos, deportes livianos, equitación, ciclismo, remo, bochas, billar.
15) Cena liviana.
16) Caminar o baile. Acostarse temprano.”
Ótima relato Graça e Renato, que passeio espetacular!
ResponderExcluirAgora equipar a casa com pneus recauchutados hehehe
Que saudade dessas viagens! AMO!!
ResponderExcluirÓtimas dicas. Tudo sendo anotado e encaixado no nosso roteiro. obg
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