Com a edição da Lei 3013, além da indignação, uma saudade dos velhos e bons tempos deste município que tanto amamos e ajudamos a divulgar nos últimos 30 anos (hum quem sabe uma boa combinação numérica pra arriscar um fezinha…).
Os ‘dazantigas’ lembrarão quando 9 entre 10 caravanistas (trailer e motorhome) preferiam Itapema a qualquer outra praia do sul do Brasil. Sua posição estratégica junto à BR 101 e suas águas calmas e quentes atraíam campistas de todos os matizes.
Campings cheios, beira mar vazia e coberta de mato permitia que fizéssemos o tal camping selvagem com o único inconveniente de sair para descarregar o pinicão para não poluir a praia. Esta necessidade ensejou várias soluções criativas até pouco tempo atrás mas hoje desnecessárias para quem tem seu terreno com a devida infra e, quem não tem, vai até o Posto do Angeloni que por sugestão de muitos de nós, coloca à disposição local adequado para fazê-lo.
Aos poucos formamos um lindo grupo e, durante muitos anos, veraneávamos na rua 151.Terrenos descuidados e cheios de mato iam sendo limpos e ocupados nos meses de janeiro e fevereiro. Alguns com a autorização explícita dos donos …
Nas ruas empoeiradas nossos filhos e netos se divertiam tranquilamente.
Chuvas torrenciais alagavam tudo e, por isso, era necessário um ‘certo’ nivelamento…
A cada temporada melhorávamos as condições e, do mato, surgiu este lindo lugar até que a especulação imobiliária tomou conta…
Volta e meia algum desinformado (sempre identificado por nós) fazia algum tipo de denúncia mas quando nos interpelavam (prefeitura, vigilância sanitária) sucumbiam ante a organização, o capricho e a limpeza.
Infelizmente hoje três já ‘partiram antes do combinado’ como diz Rolando Boldrin. Alguns desistiram e outros, impossibilitados de dirigir, compraram apartamentos aqui mesmo. Muitos continuam cortando os cabelos no salão da Eliane/Alessandro/Ana, comprando aviamentos na Lãs e Linhas e
gelo ‘do pai do Júnior’, almoçando no restaurante do Hotel Beira Mar e comemorando bons momentos no restaurante do Cabral lá no canto da praia…
Poucos como nós resistem ao tempo e às aporrinhações cíclicas de uns poucos… Resistir é preciso…
Hoje conversando com amigos que têm MH e moram na Meia Praia soubemos que a derrubada do prédio há anos abandonado em plena Av. Nereu Ramos permitiu que ônibus de excursões estacionassem e despejassem ali seus detritos. Isso incomodou muita gente (com razão, é claro) de tal forma que a vizinhança começou a reclamar a quem de direito.
Será que nos confundiram com eles? Será que ainda não sabem que somos turistas qualificados, que consumimos aqui (compras, restaurantes, combustíveis) e, historicamente, contribuímos com a conservação do meio ambiente?
Quando entenderão que o turismo que praticamos é familiar e que além de nossas casas rodantes usamos (para toda a família) os restaurantes e as hospedagens locais? Nossa família (umas 50 pessoas) já fez um encontro aqui, fora da alta temporada, e foi muito bom!
Cobrar para transitarmos é injusto e demonstra total ignorância sobre o setor além de discriminatório.
Será demais sonhar com campings municipais de qualidade (Ah! os uruguaios à beira dos rios…) e com estacionamentos específicos como encontramos nos chamados países desenvolvidos?
Tem lugar pra todos que têm visão senão vejamos: por que muitos albergues (hostels) e hotéis na américa latina abrem seus estacionamentos para os caravanistas, com preço justo e acesso à '>'>internet? Nem vamos tão longe: o Paudimar em Foz do Iguaçu é um dos poucos e bons exemplos brasileiros… Alguns restaurantes (daqui também) fazem isso e, em consideração, a gente realiza a maioria das refeições ali.
Por quê não exigir dos ‘sujismundos’ que usem o ‘pinicão’ do posto de combustível próximo ao pedágio (multando-os rigorosamente) e providenciar um estacionamento nos moldes dos que sugerimos em postagem anterior? Um bom projeto encaminhado ao Ministério do Turismo colocaria Itapema em destaque nacional permitindo que nós e os turistas estrangeiros aqui aportassem com mais qualidade: isso é gerenciar com conhecimento de causa e visão estratégica!
Como contribuir se não nos ouvem, não nos chamam/atendem e nos evitam, nivelando-nos com o pior tipo de turismo: o predatório?!
Vi as fotos .. Graça, senti saudades desse lugar. Nós com o nosso humilde motorhome, ficamos mtos anos acampados ahi, lembra do galego q tinha uma barraquinha na esquina ele nos dava agua e luz.....nossos filhos cresceram e aproveitaram mto desse lugar e dessa praia, mas como td muda e a especulação imobiliaria está por tda parte,, perdemos esse lugar, mas o q passou fica gravado em nossa memoria... como diz he bom enqto dure...... vou ver se tenho fotos dahi passo pra vc..... bjs Vera e Messias(indio)
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