31º dia, 22 de março – rodamos 296 km
ADUANAS E RÍPIO ‘OI NÓS AQUI TRAVEIS’...
A temperatura dentro do MH é de 1º e lá fora de -10º (a sensação térmica? Sei lá mas é de muuuuuuuuuuuuitooooooooooo frio!). E vento mandando ver...
Às 8 h o para-brisa do nosso MH tinha gelo por dentro e por fora dificultando a visão até que o sol o derreteu enquanto fazíamos os trâmites na aduana (que foi tranquilo).
E... ola que tal, rípio: que saudades! Doze quilômetros depois mais uma aduana, desta vez a chilena: tranquila, mas demorada, muito carimbo... Pela primeira vez nesta viagem olharam bem a geladeira e pediram pra ver alguns armários (no nosso caso ficou claro que o fiscal nunca tinha visto uma casita assim tão grande e completa, mas no do Neca/Tere parece que a fiscal foi mais rígida mesmo).
Para nós pareceu que o trecho de rípio ruim estava melhor e o bom, piorara. Viemos tranquilos e rapidamente. No entroncamento onde dormimos na ida encontramos o fundo da churrasqueira que tínhamos esquecido. Esperamos por uma hora até eles chegarem. Chegamos ao asfalto (antes da entrada para Cerro Sombrero) às 12h13min, almoçamos e esperamos por Neca e Tere durante uma hora. No total foram duas horas de diferença num trajeto de 142 km de rípio. Essa diferença deve-se ao tamanho dos pneus. Pneus pequenos forçam a ir despacito especialmente devido às já referidas costeletas da estrada, que, como diz Fernando, trelam tudo .
Nessa hora chega-se rapidamente à conclusão de que os motor homes convencionais não são preparados para estradas nestas condições. Além de se correr o risco de quebrar algo no carro, internamente parece que tudo vai despencar e isso que no nosso barulhava, apenas o suporte do blecaute do para-brisa e a janela do motorista (Tere e Neca quase desmontaram o deles e dá-lhe trelar!). O pó, então, completa o quadro.
Renato teve o cuidado de fechar a chaminé do aquecedor a gás e as principais entradas de ar com papelão, notadamente as de cima, por onde o pó adentra no motor home. Isso foi fundamental, mas não evitou que alguma poeira entrasse. Já na parte inferior, dos bagageiros contendo equipamentos, cujas entradas de ar são mais difíceis de fechar porque são muitas, a poeira fez a festa. A solução foi encostar numa gomeria e pedir a mangueira de ar e fazer aquela limpa.
O maior problema para motor homes com motor traseiro, em estradas de poeira, é o filtro de ar, que fica atrás e acaba puxando a poeira para o filtro. Renato teve o cuidado de a cada 70/80 km parar e fazer a limpeza com o ar do compressor, através de um engate rápido instalado debaixo do painel do carro. Isso, com certeza, evitou problemas mais sérios de motor.
Mais alguns km e pegamos a mesma balsa da vinda e 40 km adiante, em Monte Aymond, mais uma aduana, ou seja, saímos do Chile e entramos na Argentina novamente. Em nenhuma delas fizeram vistoria nos carros. E o ventão continua...
Nove km antes de Rio Gallegos (capital da província de Santa Cruz) tem um posto policial onde nos pediram a documentação (novamente).
Dormimos ao lado de um YPF (onde Neca colocou água). Existem vários YPF’s e um BR próximos uns dos outros convém pesquisar antes de pernoitar.
Legal mesmo, vocês foram muito bem preparados e isso serve de insentivo pra quem.pretende pegar a estrada
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