22º dia, 13 de março – rodamos 273 km
DE PUERTO NATALES A PUNTA ARENAS e USHUAIA
Uma noite ruim pois Heda ligou que estava muito mal, com febre...Hoje está em franca recuperação e só nos resta agradecer o carinho do Duda e da Celi que foram uns queridos com ela. Nesta hora a gente não consegue ajudar e dá um desespero... E a TIM? Não funcionou: não recebíamos nem fazíamos ligações (nem pra falar com a Tim conseguimos)! Nos comunicávamos só por mensagens…
Acordamos e verificamos que a lanchonete não abriu no domingo. Lá se foi a '>internet.
No posto reencontramos os motociclistas de São Paulo que vimos no parque (um deles tem MH). Vieram do Ushuaia e lá não se acha gasolina. Aqui o problema é encontrar água e luz.
Seguimos para Punta Arenas e, no caminho…
- Quase que Neca/Tere foram atropelados por tantas ovejas:
- Esculturas em homenagem ao vento
- Ganhei mais flores do campo (adorooo!)
- Ea. San Gregorio uma antiga potência totalmente abandonada:
- Ali, na praia, pescavam locos (em extinção, está proibido) e mariscos (Neca trouxe alguns que foram devidamentes degustados à noite).
Punta Arenas, capital da XII Región de Magallanes y Antártica Chilena nos impressionou pelo tamanho. É uma cidade bonita e peculiar. Não fosse a chuva e teríamos fotos lindas. É a cidade da bay windows, uma gracinha.
“Su economia está cimentada en los servicios que presta, fundamentalmente, a la mineria de hidrocarburos y carbón, la ganadería ovina y la industria pesquera. Además, es puerto de abastecimiento para el tráfico de barcos de gran tonelaje a través del Estrecho, así como principal puerto aéreo y marítimo para las expediciones a la Antártica.”
Sua extensa costanera enche os olhos: perfeita para pedestres, ciclistas, desportistas. Ali almoçamos e sonecamos. Neca, que fez uma soneca menor, ajudou a socorrer uma moça que se machucou fazendo exercícios.
Conhecemos o Cementerio Municipal considerado o mais bonito do Chile. De fato ele é bem diferente pois “sus avenidas circulan por cuidados jardines bordeados de ciprestes columnares”.
Dá pra perceber, nitidamente, a diferença de classe social conforme o setor embora os moradores da cidade se orgulhem de que que todos (ricos e pobres) estejam enterrados no mesmo lugar. Recentemente homenagearam os desaparecidos políticos na ditadura Pinochet. Apenas dois com mais de 50 anos, os demais, jovens...
Claro que fomos até a praça Muñoz Gamero e passamos a mão no pé do do nativo selk’nam (ona) que compõe o monumento a Hernando de Magallanes. Reza a lenda que quem o faz, volta: quem sabe com os filhos e agregados?!
As lojinhas de artesanato são bem diferentes e interessantes.
Pernoitamos no COPEC Punto perto do terminal do transbordador. Pela primeira vez, desde Arica, um Punto não tem internet! Neste posto Fernando teve a luz desligada e hoje nem tomada tem. Mas foram muito atenciosos e nos cederam água (tão pouca que desistimos). Neca usou uma moderna tecnologia: enchia os galões e com a bomba passava para o tanque.
O frio continua mas nada de vento: ótimo!
23º dia, 14 de março – rodamos 26 km (na cidade)
Uma segunda-feira fria e chuvosa e um movimento intenso de carros. Através do vigia Jaime e do gerente Juan Carlos conseguimos água na PRT (semelhante ao nosso Detran) que fica nos fundos do COPEC. Depois fomos para a zona franca. A chuva parou mas o frio, não. No restaurante do shopping tinha internet e atualizamos o blog. Ao mesmo tempo ficamos sabendo que nossa querida Hilda está hospitalizada (hoje já está em casa para o alívio de todos, com certeza). Infelizmente não encontramos os filhos na rede...
Depois fomos no Espacio Urbano (um shopping enorme) que, segundo os locais, tem bom preço.
Renato conseguiu que lhe fizessem um novo silencioso pra o cano de escape do MH, cuja oficina foi indicada por um taxista. Foi providencial esta dica, pois o silencioso já estava “todo roto”, ou seja, podre. E com certeza não resistiria às “costeletas” do rípio que pegaríamos depois. Serviço de primeira e barato: $ 35.000,00 (R$ 130,00).
Voltamos ao COPEC e os guris felizes com os ‘novos brinquedinhos’ (até uma bomba d’água manual, pode?).
24º dia, 15 de março – rodamos 333 km
Às 9 h estávamos na oficina onde o novo cano de escape foi colocado enquanto Neca e Tere pegavam as informações sobre a travessia para a Terra do Fogo.
Tarifa de Tres Puentes – Porvenir
Travessia diária de 02:20’ (Ferry Crux Australis) que sai de Punta Arenas às 9 h e, de Porvenir, às 14:00 h.
Casa rodante 7 metros = $66.800 (incluindo motorista) + $5.100 passageiro.
Casa rodante 11 metros = $111.250 (incluindo motorista) + $5.100 passageiro
Tarifa de Punta Delgada – Bahía Azul (Primera Angostura)
Travessia de 20 minutos desde Continente a Isla 08:30 h a 23:00 h y desde Isla a Continente 09:15 h a 23:45 hy (Ferries Pionero y Patagonia)
Casa rodante 7 metros = 18.790 (incluindo conductor) + $1.600 passageiro
Casa rodante 11 metros = 38..280 (incluindo conductor) + $1.600 passageiro
Por razões obvias seguimos pelo asfalto excelente até Embalse Punta Delgada e atravessamos para Embalse Bahía Azul no transbordador que leva 20’. Não passava nem pensamento entre os carros...
Chegamos em Cerro Sombrero no COPEC que não cedeu luz, Neca colocou água e abasteceu e tocamos para o maior desafio desta viagem: o temido rípio. Acatamos a sugestão do Fernando e da Leda e fomos no que vai em direção a Onaisim (menos movimento de caminhão).
Ainda bem que não tinha vento porque não sei como cabem dois caminhões lado a lado nesta pista...
Este rípio estava bom se é que seja possível achar algum rípio bom! Estrada de rípio é, nada mais nada menos, uma estrada de pedras (nada a ver com as nossas estradas de chão). Os caminhões educadamente reduzem a marcha quando passam por nós mas alguns carros pequenos não querem nem saber.
Dormimos no entroncamento das Y71 com Y79 e Y85 uns 5 km antes de Onaisin quando Neca pode satisfazer o desejo de camping selvagem e churrasco.
O frio era imenso (-1º) e tivemos que apelar para os palas e, pra dormir, Re acendeu o ‘calentador’ do quarto. No meio do entroncamento tem um pedaço de terra e ao acordarmos vimos que 3 caminhões pernoitaram ali.
Até agora amanhece às 6:30 e escurece entre 20:30 e 20:45h.
25º dia, 16 de março – rodamos 346 km
Lá por 6h caiu uma chuva providencial e o vento não veio. Será um sinal de ‘rípio de almirante’ pela frente? Que nada! Só não tinha poeira mas o rípio conseguiu piorar: era pura ‘costeleta’.
Chegamos na aduana de San Sebastián/CH onde foi tudo rápido e tranquilo, mais 14 km de rípio até a aduana argentina em San Sebastián.
É isso mesmo: as duas cidades têm o mesmo nome. Tudo tranquilo também. Vale a pena tomar informações turísticas com as responsáveis (Naty e Ximena): simpáticas e competentes nos aguçaram o desejo de conhecer mais coisas da região. ‘Gurias’ vocês são show!
Dois caminhoneiros nos confirmaram que viemos pelo ‘melhor rípio’. Almoçamos no MH mas tem restaurante e um posto YPF/ACA ali mesmo. MH do Neca com avaria: rípio rompeu a ferragem de fixação do para-choque dianteiro.
Aqui o vento está mais ‘sentível’ mas nada comparado aos relatos. Perto de Ushuaia a estrada sinuosa desvela uma paisagem maravilhosae e assim foi até chegarmos ao fim do mundo no final da tarde.
Ficamos no camping La Pista del Andino que tem uma linda vista da baía de Ushuaia e pra comemorar os guris traçaram um 15 anos e as gurias uns espumantes. Uma massa integral com molho de funghi e mesa arrumadinha porque estamos bem felizes.
Endereços e Coordenadas
COPEC Punto em Porto Natales: S 51º43.703’ / W 072º30.593’
COPEC Punto em Punta Arenas: S53º07.633’ / W 070º52.403’
Entroncamento da Y71 com Y79 e Y85: S 53º21.119’ / W 069º15.407
Escapes Camila: Enrique Wegmann, 432 (Cel: 9977 4019). Punta Arenas/CH.
Camping La Pista Del Andino: S 54º48.765’ / W 068º21.033 – www.lapistadelandino.com.ar – lapistadelandino@infovia.com.ar - Alem 2873 – Ushuaia/AR – C.P. 9410 – Te.: 02901 – 435890 – Transfer to Movil: 1541-4664.
Eu tive dengue.. tou com saudade..
ResponderExcluirAs fotos estão lindas.
Beijos da filhota..
Olás Graça e Renato. Continuamos com aquela "pontinha" de inveja (inveja boa!), que lugares lindos, paisagens; o frio assusta um pouco mas o resto nos faz superar.
ResponderExcluirEstamos com saudades de ler os relatos (já fazem 6 dias....)
Abraços, boas estradas.
Sandra&Darlou