Segunda-feira, dia 04 de junho, andamos 374 km
Saímos de Lençóis com a indicação de um caminhoneiro para ir pela BR 242 até Argoim e, de lá , pela BR 116, BA 245 até Santo Antônio de Jesus, Nazaré (na BA 001) início da Costa do Dendê. O Guia Quatro Rodas alertava para um trecho ruim na BA 245 e nos confundimos. Subimos a BR 116 até Feira de Santana mas foi bom porque Renato comprou uma peça sobressalente para o MH que estava querendo há tempo.
Dormimos em um posto em Mangabeira. Perguntando ao frentista sobre a possibilidade de energia ele indicou um lugar afastado. Em seguida afirmou que se cobrava uma taxa. Perguntado sobre o valor, sua resposta determinou a desistência: R$ 10,00 a hora! Renato não se conteve e disse se tratar de um absurdo.
Face a isso, Renato se dirigiu ao restaurante do posto que é terceirizado. Mesmo sem uma receptividade efusiante ao pedido de luz, o proprietário prontamente cedeu e indicou a tomada a ser utilizada. Perto da meia noite bateu à porta do MH o gerente do restaurante perguntando sobre a hora que sairíamos na manhã seguinte, uma vez que ele estava fechando o restaurante. Informado que a saída seria em torno de 8:00 hs gentilmente respondeu que não haveria problema porque abriria o restaurante às 6:30 hs. A pergunta se sustificava uma vez que a tomada ficava dentro do restaurante.
Ao desligar o MH da tomada pela manhã, Renato perguntou o qto custava a energia cedida. Nada, respondeu o gerente. Ao agradecer, Renato deixou um troco como forma de estimulo pra cederem luz a outros companheiros que aparecerem.
Enfim o trecho ruim fica entre Itaberaba e a BR 116 via BA 245 e, assim, o melhor é ir até Argoim, descer pela BR 116 e antes de Milagres seguir para Santo Antônio de Jesus na BA 245 (o resto é igual ao que fizemos).
Terça-feira, 05 de junho, andamos 172 km.
Depois do café foi a vez do MH ser alimentado: combustível e lubrificação geral, uma ‘belezura, meu rei!’
Hora de descobrir as ‘Costas’ da Bahia começando por Dendê (a única que não conhecemos).
De alguns anos pra cá tornou-se muito comum nomear os roteiros turísticos (a exemplo da Costa Esmeralda em Santa Catarina) e a Bahia não fugiu à regra.
O Guia ‘Viver Bahia’ (Ano 5, nº 16, 2011) arrola quatro: dos Coqueiros (única ao norte de Salvador), do Dendê, do Cacau, do Descobrimento e das Baleias.
O início da BA 001 não nos empolgou com seus remendos de barro e a falta de acostamento assim como a praia de Guaibim e seguimos para Valença em busca de frutos do mar apregoados nos guias. Fomos no mercado público e, fresco, só camarão e dois tipos de peixe (compramos o vermelho).
Sabemos o quanto é comum lugares turísticos, fora da alta temporada, ficarem abandonados e é com este olhar que os percorremos nestas épocas, mas como na Chapada só encontramos limpeza, estávamos desacostumados, rs…
Andar no centro de Valença no horário de meio-dia é um exercício de paciência e destreza ainda mais na primeira vez. Nas ruas estreitas dividi-se o espaço com ambulantes com guarda-sóis que chegam a encostar nos carros: um stress.
Ai que saudades do Mercado Público de Floripa, sem mosca e com todos os tipos de pescados frescos (com o grande ‘pecado’ de não aceitarem cartão de crédito uma coisa ridícula num lugar tão turístico!)…
Nas leituras prévias não nos ficou claro que o melhor lugar para deixar o carro estacionado é no atracadouro de Guaibim e, por isso, voltamos.
A estrutura embora simples impressiona pela quantidade.
Estacionamos junto a um restaurante (R$50,00, com luz). Não houve sensibilidade para negociar com o proprietário. Segundo ele, cobram R$ 30,00 por ônibus, para permanecer da manhã até o final da tarde. No nosso caso, ficamos da manhã de um dia até o final da tarde do outro dia e com luz. Achamos caro, pelas condições, mas o que fazer …
Almoçamos, sonecamos e fomos saber detalhes …
No atracadouro (privado) foram todos simpáticos e a gerente Daniela nos informou que custa R$ 5,00 por dia (o mais barato e o único calçado) e que MH pagará a mesma coisa (se maior, pagará o correspondente às vagas ocupadas, no nosso caso seria R$25,00) - a metade do vizinho. No entanto não podem ceder a luz porque até eles a pegam de outro lugar mas assim que arrumarem não vê problema (claro que falamos que ninguém se recusa a pagar uma taxa justa de utilização)… Para MH menores, aconselha-se o estacionamento citado.
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